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Twitch pode banir usuários por má conduta em outras redes sociais

A plataforma vem implementando atualizações na sua Política de Conduta desde janeiro

Foto: Divulgação/Twitch

Desde janeiro que o Twitch já vem implementando atualizações na Política de Conduta de Ódio e Assédio da plataforma. A novidade anunciada esta semana é que agora eles vão mudar de foco e acompanhar más condutas graves que tenham impacto na comunidade da Twitch, mas que ocorrem fora da plataforma, em outras redes sociais, por exemplo.

“Nossas diretrizes atuais afirmam que em alguns casos sérios, em que há provas verificáveis disponíveis, podemos tomar alguma medida contra usuários por conduta de ódio ou assédio que ocorra fora da Twitch, como em sites de mídias sociais, outros serviços online, ou mesmo offline, quando direcionados a membros da comunidade da Twitch”, revela a empresa.

Assim, a empresa atualizou e expandiu a abordagem de intervenções fora do serviço, que agora se dividem em duas categorias:

Categoria 1

Alguém sofre assédio no Twitch, e também fora do Twitch. Quando isso ocorre, a empresa leva em consideração comportamentos ou declarações verificáveis que tenham ocorrido fora do serviço, e que estejam relacionadas a um incidente ocorrido no Twitch.

Por exemplo: Se ao avaliar uma denúncia de assédio ocorrido em uma transmissão ao vivo, este assédio continuou, ou estiver relacionado a outro incidente similar no Twitter, podemos levá-lo em consideração na denúncia. É assim que a política para fora do serviço funciona na maioria dos casos, e isso não deve mudar.

Categoria 2

A partir de agora, o Twitch fará intervenções contra crimes graves que representem um risco significativo à segurança da comunidade dentro da plataforma, mesmo que essas ações tenham ocorrido completamente fora.

Exemplos:

  • Violência mortal e extremismo violento;
  • Atividades ou recrutamento terroristas;
  • Ameaças explícitas ou viáveis de violência em massa (por exemplo, ameaças contra um grupo de pessoas, um evento, ou local onde pessoas se reúnem);
  • Liderança ou participação em um grupo de ódio conhecido;
  • Prática de atividades sexuais não consensuais e/ou violência sexual, ou associação deliberada a essas atividades;
  • Exploração sexual de crianças, como aliciamento de menores e solicitar/distribuir pornografia infantil;
  • Ações que possam comprometer de forma direta e explícita a segurança física da comunidade da Twitch, como ameaça de violência em algum evento;
  • Ameaças explícitas ou viáveis contra o Twitch, incluindo a equipe.

Tais comportamentos representam alguns dos tipos mais graves de dano físico ou psicológico, porém estamos cientes de que esta lista não inclui todos os tipos de assédio ou abuso.

“Esta postura relacionada às más condutas que ocorram completamente fora de nosso serviço é uma nova forma de abordar esse problema, tanto para a Twitch como para o setor no geral, mas após ouvirmos a opinião de vocês, acreditamos que sua aplicação seja crucial”, revela o Twitch.

Em parte, isso significa que a empresa está tentando ser bem clara com os usuários com relação às limitações de sua política. “No momento, nós não temos como investigar comportamentos que ocorram completamente fora da Twitch, que não estejam em uma dessas categorias. Este é um processo iterativo e contínuo e, como sempre, o nosso objetivo é tornar a Twitch mais segura para todos”, completa.

Parceiro na investigação

Para agir da maneira mais minuciosa e eficiente possível em tais situações, a empresa trabalhará em conjunto com um parceiro investigativo terceirizado para auxiliar a equipe interna nessas investigações. Este parceiro é um escritório de advocacia experiente, dedicado à condução de investigações de forma independente em ambientes de trabalho e campi, incluindo denúncias de discriminação ou assédio sexual.

“Eles têm grande experiência nesse tipo de casos, e são bem treinados na condução de investigações com respeito e sensibilidade com as partes envolvidas”, revelam.

Esta parceria os permite investigar e reagir de maneira mais minuciosa às denúncias de má conduta fora do serviço. Eles revelam ainda que aumentaram o tamanho da equipe interna de segurança, que é amplamente treinada para lidar com investigações delicadas e confidenciais, além de atuar em conjunto com as autoridades competentes.

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