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Tidal encerra programa de “pagamentos diretos à artistas”; entenda

Serviço de streaming fez parceria com o Universal Music Group para desenvolver um ‘novo modelo econômico para streaming de música’
Divulgação/Logo TIDAL

O CEO da Tidal, Jesse Dorogusker, revelou informações do programa Direct Artist Payouts (DAP) do serviço de streaming por meio de uma série de postagens publicadas recentemente. Nelas, o executivo anunciou que, sob o modelo, o Tidal junto com um nível suportado por anúncios  – ‘uma porcentagem das taxas de assinatura dos usuários pagantes do HiFi Plus’ chegava ao ‘artista mais transmitido’ dos ouvintes apropriados a cada mês.

No entanto, Tidal vinha fazendo esses pagamentos além dos royalties reais de streaming – um contraste com a remuneração ‘alimentada por fãs’ oferecida pelo SoundCloud. Desde março de 2021, o último serviço remunera os artistas como uma porcentagem da ‘assinatura ou receita publicitária de cada ouvinte’.

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Já o Spotify e outras plataformas líderes de streaming continuam a ‘reunir’ a receita de anúncios e a pagar royalties como parte do total de reproduções. A taxa média de royalties por stream é em parte devido à quantidade cada vez maior de música nos serviços de streaming, que, com exceção do Spotify e do Tidal, estão começando a aumentar o custo mensal de planos individuais nos Estados Unidos.

De acordo com Dorogusker, o Tidal encerrou o programa DAP depois de inscrever aproximadamente 70 mil artistas e distribuir cerca de US$ 500.000.

“Com o DAP, pagamos aos artistas diretamente (além dos royalties) de uma forma divertida que conecta a audição dos fãs ao pagamento de seus principais artistas”, escreveu Dorogusker. “Inscrevemos 70 mil artistas e distribuímos US$ 500 mil, muito aquém de nossa meta. Decidimos acabar com o DAP e fazer algo com maior impacto. Aqui está o porquê e o que vem a seguir.”

Jesse Dorogusker, líder do TIDAL. Foto: Divulgação

“O programa DAP se concentrava apenas no artista número 1 do ouvinte, o que deixava muito, muito menos espaço para artistas emergentes serem pagos. A partir de abril, não destinaremos mais uma porcentagem da assinatura do HiFi Plus aos artistas mais ouvidos. Em vez disso, vamos aprimorar nosso foco no TIDAL RISING”, continuou Dorogusker.

O Tidal Rising é anunciado como “um espaço dedicado a apresentar aos fãs música nova e dinâmica” de artistas emergentes. A plataforma ainda aponta que “colocará mais fundos” – mais de 10 vezes o que foi pago via DAP – no Rising.

“Espera-se que o novo capital apoie artistas emergentes por meio de educação, promoção personalizada e financiamento direto futuro”, divulgou Dorogusker. “Apontando também planos para “mais ativações de alto impacto”, completa.

Não está claro se a Universal Music se encaixa na construção do Rising. É importante acompanhar o resultado da coordenação das empresas em ‘um novo modelo econômico para streaming de música’, especialmente porque Dorogusker confirmou que o Tidal distribuirá mais ‘financiamento direto’ no futuro.

No mês passado, Drake – o primeiro artista a atingir 75 bilhões de streams no Spotify – propôs que a plataforma começasse a pagar ‘bônus’ quando os criadores atingissem certos limites de reprodução. 

Enquanto isso, o Warner Music Group  adotou o modelo ‘alimentado por fãs’ do SoundCloud em um acordo de licenciamento no ano passado, quando o Spotify abordou a possibilidade de implementar pagamentos centrados no usuário.

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