O futuro festival The Town, criado pelos organizadores do Rock In Rio, começou a ocupar a cidade de São Paulo com a gravação de produções audiovisuais que se conectam com a cidade. A primeira intervenção aconteceu na Sala São Paulo, próxima à Estação da Luz, e a segunda, em um galpão no Brás, bem próximo ao Mercadão de São Paulo.
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Foto: divulgação
As ações fazem alusão a três áreas do festival: São Paulo Square, Factory e The One. O POPline compareceu na ativação que ocorreu em um galpão no Brás, nesta segunda-feira (11) e que contou com a presença do rapper Criolo, embaixador do evento e uma das atrações confirmadas. Inspirado na cultura urbana da capital paulista, o cantor colocou toda sua potência em um trap criado por ele com o músico e um dos diretores do festival, Zé Ricardo.
Acompanhado de 20 bailarinos coreografados por Miguel Colker, o rapper entregou uma performance em sintonia com a área (The One) e a cenografia, que esbanjava contêineres e grafismos de artistas locais. Sobre a sincronia do festival com a atmosfera da cidade, Criolo disse:
“Eu acho que é muito especial, muito incrível. O Zé Ricardo me convidou, um ano atrás, para pensar junto o tema do festival e já foi algo maravilhoso, e poder fazer parte um pouquinho mais é muito bom. Mas vai ser uma equipe muito grande. Vai ter muita gente ajudando a pensar e a cidade vai ajudar a pensar, porque a cidade, na dinâmica dela, toda vez que algo acontece, ela também dá uma resposta”.
O artista acredita que a construção da relação do evento com a grande metrópole será gradual. “Eu acho que é uma construção que leva tempo, não só esse um ano para a primeira edição, mas um outro tempo necessário para se pensar as próximas edições. Então, eu acho que é um aprendizado que leva muito tempo, é bem desafiador, mas eu acho que é importante ter algo tão gigantesco para somar com o calendário já plural e incrível que a cidade tem de eventos, encontros e provocações”, disse Criolo.
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Questionado sobre ter a equipe do Rock In Rio por trás do evento, ele ressalta a preocupação dos organizadores com um novo conceito de festival. “Eu entendo que você já tem uma expertise de quem já faz e provoca um encontro gigante, mas uma equipe que também tem essa sensibilidade de entender que está em São Paulo e que começa tudo de novo, do zero”, disse o cantor. “Hoje é um dia de produção de conteúdo para começar a comunicar os primeiros passos do início dessa grande história”, explicou.
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A ideia de Roberto Medina, de estruturar um novo evento em São Paulo, surgiu durante a pandemia, como explicou sua filha, Roberta. “Na pandemia, eu acho que o Roberto ficou com menos volume de trabalho, que é uma coisa que ele não sabe fazer e ele tinha essas vontades, essas provocações eram antigas, e ele começou a acelerar a criação do The Town“, contou a empresária.
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As primeiras provocações surgiram logo quando o festival carioca foi criado. “Essa demanda existe desde que o Rock In Rio existe. Quando a gente voltou para o Brasil, em 2011, as conversas estavam sendo feitas para voltar para São Paulo (…) A gente nunca achou que fazia sentido um Rock In Rio em São Paulo, ele é do Rio, apesar de ser do mundo”.
Roberta também destaca a maturidade da equipe que organiza os festivais, capaz de pensar e executar a logística das edições do Rock In Rio (Rio e Lisboa) e, agora, do The Town. “Isso tem a ver com um grupo sólido. As lideranças já estão juntas há muito tempo, a empresa está sólida para poder segurar o tranco. A gente agora vai ter que crescer, vamos usar o núcleo duro da empresa, mas vamos começar a ampliar para ter aqui o time que vai estar conectado em The Town, exclusivamente“, pontuou a VP Executiva do grupo Rock In Rio.
The Town acontece durante os dias 2, 3, 8, 9 e 10 de setembro de 2023, no Autódromo de Interlagos. O festival recebeu um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões e a expectativa é que o evento movimento, já em sua primeira edição, R$ 1,7 bilhão no Estado de São Paulo, gerando mais de 20 mil empregos. Espera-se um público de 600 mil pessoas.
