Taylor Swift está prestes a lançar o aguardado “Midnights”, seu décimo álbum de estúdio. A cantora norte-americana é um dos nomes mais influentes da música pop atualmente e recordista de prêmios. Sendo assim, ela já deixou registrada sua marca no mundo. Neste domingo (9), o renomado jornal britânico, The Times, definiu ela como : “O Bob Dylan da nossa era”
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Bob Dylan, é um famoso cantor e compositor norte-americano, e uma personalidade importante na cultura popular dos Estados Unidos há mais de cinquenta anos. O jornal fez uma longa comparação artística entre os dois, passeando pelos grandes feitos, impacto social e também a diferença entre as épocas dos respectivos trabalhos.
“O que Dylan foi para a geração do pós-guerra, Swift é para seus pares millennials. Eles articularam as esperanças e pesadelos de pessoas que vivem em tempos sem precedentes. Mais do que isso, eles se transformaram em símbolos vivos de sua época. Ele foi uma influência direta em sua música “Betty” em “Folklore” . Se faz algum sentido falar sobre “o novo Bob Dylan”, é ela”, destacou a revista.
Além disso, o The Times fez questão de destacar a composição de Bob e Taylor, que certamente, é onde reside o verdadeiro gênio de ambos os artistas. Em 2016, Dylan recebeu o prêmio Nobel de Literatura, se tornando, até agora, o único compositor a recebê-lo. Taylor é dona de um catálogo de sucesso, possui 11 Grammys, 1 Emmy, dentre muitos outros como o VMAs e BBMAs, estando a alguns passos de se tornar uma EGOT.
“Ele é o trovador dos anos sessenta em turnê aos 81 anos; ela é a estrela milenar prestes a lançar seu décimo álbum “Midnights” – mas, na verdade, eles têm mais em comum do que você imagina. Mais importante, Swift compartilha o talento de Dylan para a autocriação. Começa com sua decisão de se tornar uma artista country na adolescência e continua por sua carreira. No que diz respeito às controvérsias artísticas, isso não foi bem “Dylan fica elétrico”. Ninguém a chamou de “Judas” por trair suas raízes musicais, que é o que um desordeiro gritou para Dylan quando ele evoluiu do folk puro para o folk-rock em meados dos anos 1960″, completou o jornal britânico.
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Além disso, eles percorreram durante toda a discografia de Taylor e processos pessoais públicos, os quais a cantora esteve envolvida, como a mudança de gravadora e a venda de catálogos, bem como, a maneira com que Swift apresentava seu trabalho, processos que foram comparados a situações parecidas vividas por Dylan.
“Swift cresceu à sombra de um tipo diferente de catástrofe – mídia social – que forçou uma mudança incalculável na maneira como pensamos sobre a “vida real” e nosso próprio relacionamento com ela. Suas reinvenções são obra de quem busca a sinceridade em tempos de fachadas digitais. Ela tem sido uma ingênua country, um colosso pop e uma figura de ódio. Seus álbuns recentes a mostraram em seu estado mais vulnerável e complicado até agora. Se sua autocriação pode durar tanto quanto a de Dylan, o potencial musical é estonteante”, finalizou o The Times.