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Tati Quebra Barraco, Xande de Pilares, Marvvila e mais participam do “A Roda: Samba”

"‘A Roda: Samba": Foto: Divulgação / TV Globo

Trilha sonora obrigatória do mês de fevereiro, o samba é protagonista especial “A Roda: Samba”, exibido na Globo. Neste sábado (26), a atração embarca no Carnaval, trazendo grandes nomes da música e uma verdadeira mistura de ritmos. Para falar sobre o tema,Tati Quebra Barraco, Xande de Pilares, Marvvila, Dudu Nobre, Nilze Carvalho e Molejo estrelam o novo episódio.

“‘A Roda: Samba”: Foto: Divulgação / TV Globo

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Comandado por Chico Regueira e Luiz Antonio Simas, a atração acontece na Fundição Progresso, casa de show da Lapa, no Rio de Janeiro, com um setlist caprichado! Entre as músicas que vão dar o tom da conversa, clássicos como “Eu Sou Favela”, de Bezerra da Silva, “Meu Nome é Favela”, de Arlindo Cruz, o samba-enredo da Mocidade “Chuê, Chuá…As Águas Vão Rolar”, entre outros.

Nascida e criada na Cidade de Deus, comunidade do Rio, Tati Quebra Barraco foi convidada para representar o seguimento do funk, gênero que revelou ela e tantos outros talentos para o mundo. “Sou Cidade de Deus desde pequenininha. A gente tem que ser o que é independentemente de você dar sorte com uma música na vida“, destacou a cantora.

“‘A Roda: Samba”: Foto: Divulgação / TV Globo

Ela ainda refletiu sobre seu passado até chegar ao estrelato. “Eu era cozinheira de uma creche, depois que eu virei Tati Quebra-Barraco, veio tudo muito rápido. Mas eu acho que a nossa essência, e o nosso pé no chão, tem que estar com a gente independente de qualquer coisa. Com dinheiro entrando ou saindo, ou muito ou pouco, a gente tem que ser a gente”, defendeu ela.

Há 15 anos, Tati saiu da Cidade de Deus, mas não deixou de frequentar ao local: “Tenho o maior orgulho de ser da CDD, era o quartel general dos MCs, porque de lá saiu muita gente. Não é à toa que tem uma frase na minha música em que falo: ‘da CDD para o mundo’, destacou.

“‘A Roda: Samba”: Foto: Divulgação / TV Globo

E quando o assunto é a relação do samba com o subúrbio carioca, Dudu Nobre, Xande de Pilares e Anderson, do Molejo, relembraram no programa o começo de suas respectivas carreiras. Coube a Andrezinho, do Molejo, ao mostrar o som da cuíca e reproduzir a paradinha criada por seu pai, Mestre André, quando o assunto chegou no carnaval.

A gente ficava ali atrás, voltando do Cacique de Ramos. E aí, o que acontece (nos ônibus)? A gente ficava fazendo um samba, quando o trocador gostava, o trocador falava assim: olha, gostei do samba, vou deixar você pular a roleta. Ou passar por baixo. E aí, quando o trocador não gostava, a gente tinha que esperar parar no ponto e descer”, contou Dudu.

Representante da nova geração do pagode, Marvvila foi criada em Bento Ribeiro, no Rio, e também tinha história para contar sobre sua chegada no mundo do samba. A jovem, de 23 anos, precisou começar a cantar escondido até poder . “Em casa a gente escutava mais gospel. E eu cantava ali escondidinho na escola, comecei a gostar, ficou guardadinho em mim. Mas eu deixei pra me descobrir, me revelar mesmo, lá depois dos dezoito mesmo”, contou.

“‘A Roda: Samba”: Foto: Divulgação / TV Globo

Ela ainda contou sobre sua trajetória na música. “De começo, foi um susto assim. Aquela menina, filha de pastor, que seguia à risca, do nada tá lá na roda de samba cantando pagode”, contou, que começou postando seus vídeos na rede social: “E postava na internet até que começou a viralizar. Comecei a ver que a galera já estava me enxergando como uma mulher representando o pagode”.

Dudu Nobre, autor de 24 sambas-enredos, com diferentes parceiros, também tirou onda como sobrinho de Mestre Jorjão. Já Nilze Carvalho e Luiz Antonio Simas lembraram da ligação do samba com choro e suas raízes nos ranchos, que antecederam os desfiles das escolas de samba. “Tudo, tudo, tudo do mesmo DNA. É aquela linha que vem cruzando, zigue-zagueando e que, no final das contas, se encontram. E é a música brasileira,  né?”, define Nilze.

Luiz Antonio Simas comenta as músicas escolhidas para o especial, que chega no dia da folia de Carnaval. “O interessante é que essa música ‘Eu sou favela’, ela fala da favela como um problema social mas ela acaba virando, de certa maneira, uma solução, né? A favela constrói os seus modos de vida, e a cultura do Rio de Janeiro, ela acaba se alimentando profundamente da favela, daquilo que ela cria”, diz.

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