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Spotify lança mini-documentário sobre a ascensão do brega funk no gosto do público


Dadá Boladão, Tati Zaqui e OIK levaram o brega-funk “Surtada” ao topo da parada. (Foto: Divulgação)

Numa retrospectiva sobre os estilos musicais que mais bombaram em 2019, certamente haverá espaço para o brega-funk. Não é à toa que o hit “Surtada”, de Dadá Boladão, Tati Zaqui e OIK, chegou ao topo da parada de mais tocadas do Spotify no país no mês passado, assim como aconteceu com “Hit Contagiante”, de Felipe Original, vem escalando as posições mais altas. Em comparação ao ano passado, este gênero genuinamente pernambucano cresceu 145% no interesse do público.

E foi por causa deste interesse que o Spotify preparou o documentário “MPB Brega-Funk”, o segundo do projeto “Música Pelo Brasil (MPB)”, desta vez contando a história do brega-funk e suas origens recifenses. Com direção de Felipe Larozza e apresentação do jornalista GG Albuquerque, as gravações aconteceram em Recife, onde o brega-funk nasceu, e passa também por São Paulo, com entrevistas exclusivas com alguns dos maiores nomes dessa cena, como o próprio Dadá Boladão, com 3 milhões de ouvintes mensais no Spotify e dono de um dos maiores hits no Spotify, Shevchenko & Elloco, MC Loma e as Gêmeas Lacração, MC Troia, A Tropa, MC Lia e Magnatas do Passinho S/A, entre outros.

“A história do brega-funk é a história da cultura de sobrevivência dos MCs do Recife. O movimento reuniu elementos de diferentes cenas musicais da periferia do Brasil em uma batida eletrônica original e inovadora. Um som que mudou a identidade e o imaginário cultural de Pernambuco e Nordeste”, diz GG Albuquerque, pesquisador de músicas periféricas e curador do documentário produzido pelo Spotify.

O material aborda o brega-funk num contexto geográfico, musical e social, mostrando como o gênero ajudou a moldar o cenário cultural de Recife. “Brega-funk é um lifestyle, tem tirado muita gente da criminalidade, principalmente a galera que dança passinho. Quando surgiu o passinho Shevchenko tudo mudou. A galera que dança passinho saiu do tráfico, da bandidagem, saiu do vácuo mesmo”, destaca MC Draak, da galera do É A TROPA.

Neste contexto, o documentário traz também dados de consumo proprietários do estilo no Spotify, que ajudam a entender sua popularização com base em números reais de streams. “Eu to achando muito massa e agradecendo muito a Deus por estarmos chegando em locais que diziam que a gente não ia chegar e a gente vem hoje rompendo as barreiras”, completa MC Troia, que tem total apoio de outra entrevistada do documentário, a MC Lia. “A válvula de escape das comunidades do Recife hoje em dia é o brega-funk. O brega-funk vai dominar o mundo. Se o mundo não terminar em guerra ele termina em brega-funk, disso eu sei.”, conclui a cantora.

Assista!