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Selo IGUAL: WME convoca mercado musical à real transformação

Clau Assef e Monique Dardenne | Foto: Vtao Takayama/Divulgação

Com o intuito de equalizar line-ups e equipes de eventos musicais no país, a plataforma WME lançou, no final do ano passado, o selo IGUAL, que convida festivais, festas, clubs e casas de shows a ter pelo menos metade de seu staff (entre artístico e produção) composto por mulheres, pessoas não-binárias ou trans.

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Quase sete meses após o lançamento, o selo IGUAL, que já começou com grandes parceiros da cena musical como Heavy House, Se Rasgum, Coquetel Molotov, Bananada, Sim São Paulo, Sarará e Balaclava, revelou que divulgará em breve mais 15 empresas, mas que tem expectativas altas para esse ano ainda. “A nossa meta é chegar em 100 nesse primeiro ano”, revelou Monique Dardenne, Curadora Musical e Co-fundadora do WME, ao lado de Claudia Assef.

Em conversa com o POPline.Biz é Mundo da Música, Monique destacou que o caminho para equidade dentro do mercado da música ainda é longo, porém vislumbra um movimento crescente.

“O Selo foi lançado em outubro de 2021 e teve um grande buzz ao redor, de receptividade, divulgação e grandes mexendo na estrutura de grandes eventos, que estão se movimentando para melhorar as suas metas de equidade com relação as edições anteriores. Sabemos que de pronto é um exercício do mercado e a aderência não seria tão grande no lançamento. Mas com o retorno dos eventos para 2022 nós achamos que era a hora de convidar o mercado a entrar de cabeça nessa real transformação”, destaca.

E completa: “Temos a consciência que esse é um movimento crescente de médio longo prazo, mas ele precisa ser puxado e cobrado de efetivamente de alguma forma. No momento temos 11 empresas que já ganharam o selo entre festivais, agências e marcas e estão em análise para ser divulgado em breve mais 15 iniciativas”.

Selo IGUAL | Foto: Divulgação

Como conquistar o Selo?

Para submeter eventos e marcas ao selo IGUAL, é necessário preencher o formulário com as informações sobre as equipes de trabalho da sua organização. A empresa precisa ter pelo menos 50% da equipe composta por mulheres, pessoas não-binárias e/ou trans, considerando a área artística e também a produção.

Segundo Monique, as empresas que se inscrevem já precisam chegar com os números prontos e sabendo que “se não houver de 50% de mulheres, cis/trans ou não-bináries não terão a nossa chancela”, pontua.

“A mudança é de maior equidade de gêneros do mercado musical, é cada empresa ter conscicência e não apenas o discurso que está fazendo alguma coisa. É muito bonito ver todo mundo postando sobre equidade, política, direito dos LGBTQIA+, mulheres, negras mas não fazendo na prática, o SELO IGUAL é um convite a agir”, desabafa.

“Acreditamos que em médio prazo podemos ver grandes resultados. Cada iniciativa que ganhar vai chamar outra e ninguém vai querer ficar para trás concorda?”, completa.

A iniciativa é inspirada na organização Keychange, um selo global que trabalha com a certificação de eventos musicais em 12 países e é responsável por importantes dados, como a porcentagem de mulheres no chart top 100 da Billboard (no qual apenas 20% são mulheres) e que os homens representam 95% da força de trabalho nas maiores orquestras do mundo.

 

 

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