in

Selena Gomez fala do lado mau da fama em entrevista: “eu me lembro de me sentir violada”


Saiu a entrevista que a Selena Gomez deu para a revista anual Business of Fashion, da qual é capa. Ela trata do “lado negro da fama” e como teve que lidar com isso desde muito nova, quando ainda era uma das apostas da Disney. Certa vez, com 15 ou 16 anos, ela estava na praia e percebeu um monte de paparazzi – homens adultos – tirando fotos dela. “Eu me lembro de me sentir violada”, pontua.

Segundo a cantora, foi uma sensação muito estranha: ela estava de boa na praia, sem ser notada, e de repente os flashes. “Eu me senti muito violada, não gostei e não entendi. Foi muito estranho, porque eu era uma garota e eles eram homens adultos. Não gostei daquela sensação”, lembra, “depois, na última temporada do programa [Os Feiticeiros de Waverly Place], quando eu provavelmente tinha 18 anos, foi a pior fase. Eu não sentia que era mais sobre a minha arte. Era a quarta temporada da série, e eu senti que estava superando aquilo. Eu queria alguma coisa diferente e obviamente eu me apaixonei pela primeira vez [por Justin Bieber]. Era muita coisa acontecendo e eu não sabia o que fazer”.

Como se sabe, Selena Gomez lida com questões de saúde mental. Ela se internou no ano passado para tratar de depressão e ansiedade, consequências de seu diagnóstico de lúpus. Mas não foi a primeira vez que ela fez isso. Anos anos, também tinha cancelado uma turnê para se tratar. “Eu acho que senão fosse famosa teria os mesmos problemas. Eu acho só que os meus se ampliaram um pouquinho por causa do aspecto público”, fala.

Ela explica um pouco da postura reservada que vem adotando desde meados do ano passado – com menos eventos sociais e maior controle do número de pessoas que tem acesso à sua vida. “Você tem que descobrir as pessoas que estão no seu círculo. Eu sinto que conheço todo mundo mas não tenho nenhum amigo. (risos) Eu tenho tipo três bons amigos aos quais posso contar tudo, mas conheço todo mundo”, diz a cantora, “eu vou a qualquer lugar e estou sempre falando ‘oi gente, como vão?’. É ótimo estar conectada às pessoas, mas ter os limites é muito importante. Você tem que ter essas poucas pessoas que você respeita, que querem o melhor para você e que você quer o melhor para elas. Soa cafona, mas é duro”.