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Se odiou o hype de “Barbie”, tem um filme perfeito para você!

Bem diferente de “Barbie”, animação chegou aos cinemas do Japão sem nenhuma divulgação.

Se odiou o hype de "Barbie", tem um filme perfeito para você!
(Foto: Divulgação)

Parecia que o mundo não tinha outro assunto: só se falava de “Barbie” na semana passada. A divulgação grandiosa do filme de Greta Gerwig assegurou US$ 337 milhões em venda de ingressos só no primeiro fim de semana, mas deixou muita gente de saco cheio também. Se este é seu caso, existe outro filme que apostou exatamente no oposto: a não-divulgação. Talvez mereça sua atenção.

Se odiou o hype de "Barbie", tem um filme perfeito para você!
(Foto: Studio Ghiblo)

Trata-se da animação japonesa “Kimitachi wa dô ikiru ka” (ou “The Boy and the Heron”, em inglês). Ela foi dirigida pelo vencedor do Oscar Hayao Miyazaki (de “O Castelo Abandonado” e “A Viagem de Chihiro”) e lançada pelo famoso Studio Ghiblo. A falta de divulgação foi estratégica, e não uma questão de falta de orçamento.

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Antes da animação chegar aos cinemas, o público só teve acesso a um pôster com o título. Nem a sinopse foi divulgada antecipadamente. O Studio Ghibli queria que o público entrasse em contato com a obra sem nenhuma informação prévia (bem diferente do marketing massivo de “Barbie”!).

“Na minha opinião, nesta era de tanta informação, a falta de informação é entretenimento”, Toshio Suzuki, um dos fundadores do estúdio, disse durante um evento em Tóquio.

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Pôster de “Kimitachi wa dô ikiru ka” (Foto: Divulgação)

Falta de divulgação de “Kimitachi wa dô ikiru ka” foi positiva!

A estratégia deu certo. Curioso, o público compareceu ao cinema e “Kimitachi wa dô ikiru ka” se tornou a maior estreia da história do Studio Ghibli. Ela superou “O Castelo Animado”, um dos filmes de Hayao Miyazaki indicados ao Oscar. Para não dizer que não houve nenhuma divulgação, o buxixo de que esse pode ser o último filme do cineasta ajudou a atrair o interesse dos espectadores.

As críticas até agora têm sido muito positivas. O Japan Times escreveu que “há momentos de perder o fôlego”, e o Time Out classificou a animação como “obra-prima madura e complexa” e publicou que ela “é uma prova do legado duradouro de Miyazaki”.