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Sambay: Roda de samba LGBTQIAPN+ recebe a Medalha Pedro Ernesto pela vereadora Monica Benicio

Considerada a primeira roda de samba LGBTQIAPN+ do Brasil, Sambay arrematou a maior honraria do legislativo carioca, neste domingo (24)
"Além de ser um dos meus lugares preferidos na cidade, a roda do Sambay é um espaço seguro e digno pra nossa comunidade, onde podemos nos divertir sem preconceito e amar sem temer por nossas vidas", pontua Monica Benicio. Foto: Fabian Victor

A Roda Sambay, conhecida como a primeira roda de samba LGBTQIAPN+ do Brasil, recebeu, neste domingo (24), a Medalha Pedro Ernesto, a maior honraria da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O evento, que ocorre na capital fluminense desde 2017, proporciona um espaço de liberdade, conforto, segurança e muito samba para a comunidade LGBTQIAPN+. A honraria foi entregue pela vereadora Monica Benicio, a única parlamentar declaradamente lésbica da Câmara e viúva de Marielle Franco. Veja como foi o momento!

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Foto: Fabian Victor

Monica Benicio é frequentadora assídua do Roda Sambay, portanto, para aqueles que fazem o evento acontecer, nada mais justo do que a honraria ser concebida por ela. A entrega ocorreu no Terrasse Rio nesse domingo (24), mesmo dia em que a cidade recebeu a 29ª Parada do Orgulho LGBTI+ Rio.

“Muitas pessoas na história desse país lutaram, tombaram e tiveram suas vidas ceifadas para que a gente pudesse estar aqui hoje se divertindo num espaço de lazer e segurança. Para que a gente possa beijar e andar de mãos dadas, existe política pública que precisa ser feita. O Sambay é a primeira roda de samba que nos acolhe, com qualidade e segurança, mas daqui a 20 anos ela não pode ser a única, ela precisa ser muitas e mais. E o que a gente tá fazendo aqui hoje é dar continuidade a esse legado”, destaca a vereadora.

Ela também é autora do Projeto de Lei 3403/2024, que declara a Parada do Orgulho LGBTI+ de interesse cultural, social e histórico para a cidade.

“O PL é uma ferramenta de luta dos movimentos sociais para cobrar do poder público o reconhecimento e a garantia de direitos básicos. O Brasil lidera o ranking de países que mais matam LGBTQIAPN+. Ainda precisamos lutar contra o preconceito que deslegitima nossas famílias, que nos dificulta o acesso à educação e a entrada no mercado de trabalho, que nos viola e nos mata cotidianamente. Enquanto a LGBTfobia for uma realidade na nossa sociedade, precisamos seguir construindo iniciativas e ações concretas para reforçar o combate a toda forma de discriminação contra nós”, complementa Monica.

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