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Rock in Rio 2022: Resenha do ROCKline sobre o dia 8 de setembro

Foto1: Marcelo Sá Barrett/AgNews | Foto2: Foto: Luciano Oliveira/G1|Foto3: Foto: Stephanie Rodrigues/g1|Foto4: Crédito: Ricardo Borges/Folhapress

A quinta feira 8 de setembro nos brindou com algumas surpresas legais e outras nem tanto no palco mundo do Rock in Rio. Vamos começar com as coisas boas:

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CPM 22

Foto: Marcelo Sá Barretto/AgNews

Falem o que quiserem, Badauí, Luciano, Phil, Ali e Daniel são muito acima da média. Essa é a melhor formação de todos os tempos da banda e, ao vivo, isso fica ainda mais evidente. Não houve uma única música dos caras que o público não cantasse junto, quase abafando a voz do Badauí. A entrega da banda e a conexão com o público emocionaram não só eles como a esmagadora maioria do público. Não há um único motivo para não ter o CPM 22 nas edições do festival e o último show deles no Rock in Rio – onde dividiram o set com o Raimundos – se mostrou um erro de avaliação da produção. É fato: o CPM já faz parte do hall do Rock in Rio que inclui o Sepultura, o Capital Inicial, entre outros.

OFFSPRING

Foto: Foto: Luciano Oliveira/G1

Os californianos, assim como o CPM 22, são uma fábrica de hinos do punk rock, além de serem uma das bandas responsáveis pela volta do punk ao mainstream em meados dos anos 90. O show foi uma festa exatamente como o Offspring gosta e o repertório funcionou bem demais. Porém, tecnicamente, uma coisa precisa ser observada e, o mais rápido possível, corrigida: o tom das músicas. A voz de Dexter Holland deu umas vaciladas justamente porque o tom das músicas segue alto. E de todos os instrumentos musicais, a voz é o que tem, com o passar do tempo, o maior desgaste. Não é vergonha alguma promover essa alteração no tom das canções e readequá-las até porque, todo mundo faz isso. É bom lembrar também que o Offspring é uma banda que têm músicas que demandam um esforço físico grande graças a velocidade que têm e Dexter ainda canta e toca guitarra. Sendo assim, essa mudança precisa acontecer logo.LEIA MAIS:

MÅNESKIN

Foto: Stephanie Rodrigues/g1

Os italianos chegaram com a expectativa lá em cima e entregaram o que se esperava deles. Um hard rock bem feito, com um visual que mistura anos 70 com David Bowie e Placebo e músicas que exalam sexo. Por mais que talvez você não conheça a banda a fundo, é impossível ficar indiferente ao que o Måneskin entrega no show. Eu apostaria que veremos a banda aqui no Brasil em breve novamente e também em outras edições do Rock in Rio. A grande questão agora é saber se o Måneskin sobrevive ao tão temido segundo disco. Façam suas apostas!

GUNS N’ ROSES

Foto: Ricardo Borges/Folhapress

Muitos vão dizer que Axl Rose e seus amigos não precisam provar mais nada para ninguém. Eu discordo. E o show de ontem, mais uma vez, deixa claro que a banda precisa rever muita coisa caso queira, de fato, olhar para frente. O repertório, com uma quantidade gigantesca de hits, tinha tudo para funcionar maravilhosamente bem, mas não foi assim. Com músicas estendidas por solos ou introduções gigantescas, cansou. Por mais que sejam os headliners do dia, creio que a banda deveria entender que está em um festival e não em um show solo, onde todos estão ali exclusivamente por eles. É sempre bom lembrar: mesmo as bandas clássicas precisam de novos fãs, de renovar o público, e isso ontem não aconteceu.

Outro ponto já falado sobre o Offspring que precisa ser dito aqui também: a voz de Axl Rose vai bem mal, obrigado. Ele se pronunciou no Twitter após o show agradecendo pelo apoio porque estava resfriado, gripado e tal, mas, se as músicas fossem tocadas em tons mais baixos, teríamos um show com mais músicas e um Axl Rose muito mais à vontade. Porém, ao que parece, ele está gostando do jeito que está e os fãs já estabelecidos do Guns também. Logo, não creio que isso mude tão cedo, apesar de ser necessário.

Agora é torcer para que as bandas estejam pensando conforme eu escrevi aqui e voltem ainda melhores. Eu, como fã, torço muito para isso.

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