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Rock in Rio 2022: Resenha do ROCKline sobre o dia do heavy metal

Confira nossas impressões sobre os show do Sepultura, Gojira, Iron Maiden e Dream Theater

Foto: site oficial do Rock in Rio

O Rock in Rio 2022 abriu as portas para o metal logo de cara, no dia 2 de setembro. O fato era até então inédito, já que, nenhuma edição começou com artistas e bandas do gênero.

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No Palco Mundo, quem iniciou os trabalhos foi o Sepultura. Juntos da Orquestra Filarmônica Brasileira, a banda trouxe uma roupagem completamente diferente para as canções e também apresentou algumas peças de música clássica. Apesar de positivamente impactante para o público, as longas intervenções instrumentais cansaram um pouco. Como se tratava de um festival, esperava-se algo mais agitado, nervoso, bem a cara do Sepultura. E os respiros instrumentais acabaram sendo um pouco longo demais. Porém, é sempre bom lembrar: Sepultura e inovação caminham de mãos dadas e só erra quem tenta.

 

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Na sequência, o Gojira subiu ao palco mundo e pareciam uma banda brasileira, tamanha a facilidade com que se comunicam com os fãs daqui. Seja pela influência escancarada do Sepultura, seja pelo envolvimento com as causas indígenas, fato é que o Gojira voltou ao Rock in Rio bem maior do que da última vez e sai ainda mais popular depois desse show. Não me espantaria, daqui há alguns anos, termos o Gojira como headline desse dia do metal no Rock in Rio.

Foto: Marcelo Sá Barretto/Agnews

A terceira atração foi o Iron Maiden. Mas, o que dizer do Iron Maiden que ainda não tenha sido dito? Assim como o Sepultura, o Iron fez um show tecnicamente impecável, porém, com passagens instrumentais muito grandes, principalmente graças a fase mais progressiva da banda. Essa fase já perdura por três discos e não parece ter prazo para acabar. É bom para ouvir em casa ou em um show solo, mas, em um festival onde o tempo é escasso, não me pareceu a opção mais interessante. Ainda assim, Iron é Iron sempre!

Foto: AgNews

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Por último, o Dream Theater se encarregou de fechar a noite devido a um pedido do Iron Maiden para trocar a posição das bandas. Talvez essa tenha sido a missão mais ingrata da banda de James La Brie e cia. Boa parte do público de foi e quem ficou viu um show tecnicamente perfeito, porém, cansativo. Com o Sepultura e o Iron Maiden você ainda consegue negociar, há músicas mais curtas no meio do set, mas e com o Dream Theater? Essa chance simplesmente não existe. Apesar de toda a empolgação genuína da banda com o festival, o Dream Theater falou apenas com o público cativo deles e não expandiu horizontes. Uma pena porque é raro ver tantos talentos juntos em uma única banda. “c’est la vie”!

Foto: Instagram (@dreamtheaterofficial)