Rico Dalasam aparece caminhando pelas ruas de Nova Iorque – celebrando, entre outras coisas, a beleza que chegou pra ele – no videoclipe de “Tarde D+“, lançado nesta sexta-feira (14). O registro audiovisual é uma ponte para a próxima fase da carreira do rapper paulistano, que acaba de anunciar o álbum “Escuro Brilhante“, previsto para junho deste ano e que já tem um show de lançamento confirmado, no dia 21 de julho, em São Paulo.
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O próximo disco encerra a trilogia iniciada com os aclamados projetos “Dolores Dala Guardião do Alívio” (2021) e “Final das Tentativas” (2021). O conjunto de lançamentos, segundo Rico, apresenta “um jovem negro, gay, desbravando suas primeiras impressões sobre afeto, amor e coisas que deram certo e coisas que não deram certo”.
Antes de costurar novas narrativas em seu próximo álbum, Dalasam entrega o videoclipe de “Tarde D+”, faixa que integra o EP “Fim das Tentativas“, e simboliza o reconhecimento da autonomia e do amor próprio como forma de cuidado. Segundo o artista, no contexto da obra em que está inserida, a canção surge após “várias situações desconfortáveis e violentas”.
“Ela vem para revelar a autonomia de um amor ao qual já estive preso, mas que não exerce mais essa força de domínio em mim. Ela traduz em palavras que ‘não dá mais pra pra sofrer esse tipo de manipulação’”, sintetiza Rico Dalasam.
O videoclipe tem a direção assinada por Oga Mendonça e Lívia Sá e faz parte do projeto contemplado pelo 3º edital de apoio à Cultura Negra para a cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.
Confira o videoclipe de “Tarde D+”:
“Escuro Brilhante”
Com seus versos liricamente rebuscados, Rico coleciona projetos elogiados pela crítica e que fizeram dele um dos rappers mais interessantes do país. Isso, é claro, colabora para que o seu próximo álbum esteja entre os mais aguardados deste ano. “Agora, as canções partem de um lugar de relembrar o próprio brilho e poder se ver inundado por ele. É como tirar o protagonismo do que era trauma, dor e cicatriz e colocar o este protagonismo na maneira como nos identificamos na sociedade e na vida”, define o artista.