O fim está longe para o Slipknot. “The End, So Far”, disco novo dos mascarados, mostra isso muito claramente nas doze faixas que levam os fãs a uma viagem que começou firme no terceiro, “Vol. 3: The Subliminal Verses”.
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Mas, que viagem é essa? Te explicamos:
O terceiro registro de estúdio trouxe uma banda que entendeu o jogo. Se nos dois primeiros havia uma raiva contra tudo e todos que precisava ser expurgada, a sequência fez com que Corey Taylor e seus companheiros trouxessem um pouco de luz a tanta escuridão. E isso se deu através das melodias, que a partir daquele momento passaram a ser trabalhadas com maestria e sem traumas para os fãs mais radicais. Desde então, a combinação de belas e empolgantes melodias com o peso e a velocidade do metal extremo colocaram o Slipknot em uma posição privilegiada e que se confirma em “The End, So Far”.
O disco abre com “Adderall” que é uma canção quase soul. Você consegue imaginar isso com alguma outra banda de metal extremo? Pois é. A única pessoa que ousou fazer isso até hoje no metal foi Max Cavalera no terceiro disco do Soulfly em “One Nation”. Se faz necessário lembrar que Max Cavalera e todos os trabalhos dele são influências no Slipknot? Creio que não, né?
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Como calmaria não é muito a dos caras, a sequência com “The Dying song (Time to sing)” e “The Chapeltown Rag” é matadora e deságua em uma das músicas mais agonizantes que o Slipknot já escreveu: “Yen”.
É simplesmente impossível ouvir essa música e não se imaginar em um filme de terror ou suspense estrelado por uma turma de psicopatas. E é exatamente isso que os fãs mais amam na banda: o sentimento de cada música que te leva a situações desconfortáveis. O Slipknot é a trilha sonora daquele filme imaginário que passa na nossa cabeça quando imaginamos as situações mais extremas que o ser humano pode passar.
Tem fã mais radical reclamando da produção muito “limpa” de “The End, So Far”? Tem. Mas, infelizmente, esses não entenderam que o Slipknot, hoje, é um monstro gigante e isso implica em produções cada vez mais claras e perfeccionistas. É bom que se compreenda que, como entrega o título do disco, o fim está longe e os mascarados ainda têm muita lenha pra queimar. Sorte a nossa! Ouça o álbum completo no player a seguir: