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Confira a resenha do ROCKline sobre o álbum autointitulado de Yungblud

Cantor deixa um pouco de lado suas influências punk para abraçar o dance-punk

Resenha do autointitulado álbum de Yungblud | Foto: Instagram (@yungblud)

Conhecido pelo nome artístico Yungblud, Dominic Harrison é um multi-instrumentista que pegou em uma guitarra pela primeira vez quando tinha apenas 10 anos. O cantor usa suas músicas para expressar todos os medos e sentimentos que a gente sente naquela fase de vida em que passamos por tantas transições, como o percurso da adolescência até a fase jovem/adulta.

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Resenha do autointitulado álbum de Yungblud | Foto: Instagram (@yungblud)

No início deste mês, o britânico lançou o seu terceiro álbum, marcando sua nova era, que será ainda mais intimista. Com 12 faixas no repertório, ele conta com um sample da banda The Cure para a faixa “Tissues” e traz a animada “Don’t Feel Like Feeling Sad Today”.

O que chama atenção nas músicas do cantor é que, apesar da pegada rocker, elas flertam com outros ritmos deixando tudo com uma vibe mais divertida, sabe?! Yungblud deixou um pouco de lado suas fortes influências no punk, antes povoadas de vocais gritados e instrumentos altos e frenéticos, e escolhe abraçar o dance-punk de Billy Idol, citando como referências também nomes como Green Day e Ramones. O caráter otimista de sua música contrasta diretamente com o teor melancólico de suas letras, criando um disco completo e bem no mood “rindo por meio de lágrimas”.

É quase de praxe que todo o álbum acaba servindo como um grande diário para a mente de quem é a pessoa por trás do artista – e, no caso de Yungblud, as duas coisas também não se separam. Sua arte é, segundo ele, aquilo que o mantém vivo, e suas experiências pessoais são o que constroem sua música e permitem que ele se conecte com uma comunidade de pessoas que busca conforto em saber que não estão sozinhas em suas angústias. Ele fala abertamente em entrevistas e canções sobre crises depressivas e tentativas de suicídio, mas reforça que criou o álbum “Yungblud” desejando que ele fosse e soasse como “uma luz no fim do túnel”.

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Em uma postagem no Instagram, o artista também compartilhou um desabafo sobre o álbum que leva o seu nome, explicando que ele é a sua expressão completa e sem censura. Ele também disse que sentiu o disco de um jeito mais profundo e mergulhou em suas emoções, trazendo letras que falam sobre amor, dor, da adoração ao abandono, do riso a traição.

“Memories (feat. WILLOW)”

“Memories” é a primeira parceria que Yungblud decide incluir em um de seus álbuns e o motivo não poderia ser mais óbvio: a participação de WILLOW na faixa é absolutamente visceral. Essa é a faixa mais explosiva do álbum, com uma pegada mais focada no rock alternativo e nas inclinações de Yungblud para o punk. Tanto a letra quantos os vocais de ambos – roucos, agressivos, carregados de emoção e frustração – são como um soco no estômago, falando de memórias dolorosas que se fazem impossíveis de esquecer e se tornam uma ferida aberta com o tempo.

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O motivo pelo qual pode ser fácil se tornar fã de Yungblud é que, desde o começo, ele teve a intenção de montar uma comunidade na qual incentiva as pessoas a serem elas mesmas. Intenso! E isso se traduz em cada letra e melodia de seu autointitulado novo disco. Ouça o mais recente álbum do músico no player a seguir: