Não basta animar os bailões, Rennan da Penha também faz questão de se envolver com projetos sociais. O DJ e produtor anunciou um projeto de instalação de comedouros e bebedouros para os animais que vivem no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro.
O artista, um dos precursores do funk 150 BPM, contou a novidade nas suas redes sociais nesta sábado (7/8) e homenageou a sua cachorrinha, que faleceu a pouco tempo:
“Fé, rapaziada! Estou muito feliz por estar realizando esse projeto. Consegui instalar cinco pontos com comedouros e bebedouros para os cachorros aqui do complexo da Penha. Em breve, também estarei realizando um projeto de castração dos cachorros de rua aqui na região. Esta ação é em homenagem à minha cachorrinha, que eu perdi [faleceu] esses dias”, conta.
Fé rapaziada estou muito feliz por estar realizando esse projeto, consegui instalar 5 pontos com comedouros e bebedouros para os cachorros aqui do complexo da Penha…. Breve estarei realizando um projeto de castração dos cachorros de rua aqui do complexo da Penha ❤️🙌🏾 pic.twitter.com/maPAI7C1kZ
— Rennan da Penha (@rennan_penha) August 7, 2021
Os comedores são instalações a base de canos de PVC e adaptados para serem recipientes de ração e água. A ação visa diminuir a fome dos animais abandonados pelas ruas da região.
Rennan da Penha encontrou o ex-presidente Lula para uma conversa sobre o funk e cultura
Rennan da Penha participou de um encontro entre lideranças do Rio de Janeiro e o ex-presidente Lula (PT) no último sábado (12). O DJ e produtor enfatizou a importância do funk para a cultura da cidade e do Brasil como um todo.
“Por meio da música, eu conheci outros países que nunca achei que iria conhecer. Nunca achei que iria ter acesso a esses lugares e foi o funk que me proporcionou isso. Um ritmo que veio da periferia e hoje é número um em todas as plataformas digitais”, apontou, conforme divulgado em comunicado.
Rennan afirma que um dos grandes problemas para a desigualdade social é a falta de oportunidades, especialmente na área da cultura.
“Quando chego na minha comunidade, fico observando que há vários Rennan da Penha. Muitos com talento em abundância, todos respiram dança e muita arte dentro da favela. E eu não vejo ninguém dar oportunidade digna a essas pessoas”, destacou.
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A criminalização do Funk
Apesar de estarmos falando de um ritmo bastante popular, principalmente no Rio de Janeiro, o estigma que esse estilo musical carrega ainda é grande. Para se ter uma noção, em 2017, o Senado recebeu um projeto de lei que tinha o intuito de criminalizar o funk.
A proposta foi enviada por Marcelo Alonso, morador da Zona Norte de São Paulo. Com 21.985 assinaturas de apoio, o documento trazia aquela velha história de que o funk era responsável por fazer apologia ao crime organizado. Além disso, falava-se também sobre suas letras ofensivas e etc.
É fato e de conhecimento dos brasileiros, difundido inclusive por diversos veículos de comunicação de mídia e internet com conteúdos podres (sic) alertando a população o poder público do crime contra a criança, o menor adolescente e a família. Crime de saúde pública desta “falsa cultura” denominada funk.
Na época, isso deu o que falar e até a Anitta se envolveu. “Se você quer mudar o funk ou o que está sendo falado ou a forma que ele entra na sociedade, você deve mudar a raiz, as questões educacionais, as questões que fazem a criação do funk”, disse em entrevista à BBC Brasil.