Um pop sombrio com tons de balada, letras acolhedoras e que refletem uma jornada de autoconhecimento e aceitação, uma performance com pegada teatral e uma inspiração para toda uma comunidade queer. São esses alguns dos elementos que tornam a figura de Chappell Roan tão interessante. A cantora norte-americana de 26 anos começa a chamar atenção do público, alavancada pelo próprio hit, “Good Luck, Babe!”, que é, nesta segunda-feira (10), a 25ª música mais consumida no Spotify, a nível global.
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Embora muita gente ainda não tenha ouvido falar dela, Chappell Roan arremata 19,5 milhões de ouvintes mensais na plataforma, número esse impulsionado pelo maior sucesso de sua carreira até aqui. “Good Luck, Babe!”, lançada há pouco mais de dois meses, já se aproxima de 163 milhões de plays.
A faixa, que também se destaca no Spotify dos Estados Unidos – atualmente na 12ª posição entre as mais tocadas no país -, veio acompanhada de outros acontecimentos que atraíram ainda mais visibilidade à artista.
Em abril, ela fez uma performance enérgica no festival Coachella, em Indio, Califórnia, e, anteriormente, entre fevereiro e abril, foi o ato de abertura de uma série de shows da “GUTS World Tour”, de Olivia Rodrigo, pelos EUA e Canadá.
Antes de todos esses feitos e até de dar entrada pela primeira vez na Billboard Hot 100, a maior parada de singles do mercado norte-americano, Chappell já havia sido abraçada pela crítica com a chegada de seu álbum de estreia, o “The Rise and Fall of a Midwest Princess”.
O projeto, que foi entregue em setembro de 2023, levou quatro anos para ficar pronto e retrata a jornada da artista em seu processo de autoconhecimento e múltiplas descobertas até se entender enquanto uma estrela pop. O disco inclui faixas-destaque como “Red Wine Supernova” e “Casual”, além de outras doze músicas.
Apesar de se destacar, também, por seu jeito excêntrico, figurinos exóticos e maquiagem mais artística, a carreira de Chappell começou da mesma maneira que a da maioria dos artistas que conhecemos. Entre os 14 e 15 anos, ela começou a postar covers no YouTube e, mais tarde, aos 17, ela chamou atenção de executivos da gravadora Atlantic Records com um desses vídeos.
Em agosto de 2017, Roan – batizada como Kayleigh Rose Amstutz – lançou seu debut single, “Good Hurt”. No mesmo ano, veio o EP “School Nights” e, depois, ela foi se aventurando em outras empreitadas musicais até lançar seu primeiro disco.
A cantora, que conquistou os fãs de Olivia Rodrigo e que tem o jeito comparado ao de Lady Gaga no início da carreira, também chama atenção por seus discursos que clamam pela liberdade e direitos à comunidade queer e às mulheres. Chappell é lésbica, se entende como queer e, em algumas entrevistas, declarou que sua persona é parte de uma drag king – termo utilizado para mulheres que fazem drag.
Agora, o público que já teve um primeiro contato com a arte de Chappell e deu uma chance ao seu trabalho já fica de olho para acompanhar seus próximos passos. E, enquanto isso, outras pessoas vão conhecendo o seu nome, que é uma das maiores apostas musicais do momento.