Uma banda de rock de St Albans anunciou planos para lançar um álbum de 1.000 faixas com músicas de 30 segundos em protesto contra as taxas de royalties do Spotify. De acordo com o portal NME, o modelo do serviço de remuneração do streaming é que a receita só é ativada após 30 segundos de tempo de transmissão.
Dessa forma, os The Pocket Gods decidiram lançar um novo álbum de músicas com cerca de 30 segundos, inspirados por um artigo do professor de música de Nova York, Mike Errico, que disse que os métodos do Spotify em torno do que constitui um fluxo poderia sinalizar o fim da música pop de três minutos.
“Eu vi o artigo e me fez pensar: ‘Por que escrever músicas mais longas quando somos pagos pouco o suficiente por apenas 30 segundos?’”, disse o líder do Pocket Gods, Mark Christopher Lee, ao i News.
The Pocket Gods | Foto: Reprodução
Ainda de acordo com a publicação, o novo álbum – ‘1000×30 – Nobody Makes Money Anymore‘ – faz referência direta ao modelo de negócios do Spotify, e como tal Lee diz que isso significa que a banda “corre o risco de ser expulsa da plataforma”.
“Escrevemos e gravamos 1.000 músicas, cada uma com mais de 30 segundos de duração para o álbum. O mais longo é de 36 segundos. Ele foi projetado para aumentar a conscientização sobre a campanha por taxas justas de royalties”, revela Lee sobre o processo de composição do álbum.
Falando de uma música em particular chamada ‘0,002 ‘ – a quantidade de dinheiro que eles recebem por stream. “O Spotify é um ótimo recurso musical e permite que bandas indie como nós enviem nossas músicas sem gravadoras. Também acredito na liberdade de expressão, embora seja um grande fã de Neil Young, então não apoio o boicote. Queremos apenas aumentar a conscientização sobre a questão dos royalties”, finaliza.
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