ATENÇÃO: a matéria a seguir aborda assuntos como abuso e violência sexual, o que pode ser gatilho para algumas pessoas. Caso você esteja passando ou conheça alguém que possa estar sendo vítima deste tipo de violência, procure o canal de denúncia da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, pelo telefone 100.
Nesta sexta-feira (10), a ex-BBB Flay se sentiu confortável pela primeira vez para falar sobre um abuso sexual sofrido na infância. Em entrevista à Vogue, a participante da 20ª edição do reality expôs a violência a qual foi submetida aos 11 anos. Como forma de lidar com o trauma, a cantora contou ainda que escreveu uma música que está no seu novo álbum, “IMPERFEITA”.
> Siga o OMG! no Instagram para acompanhar o mundo das celebs, reality shows e memes
LEIA MAIS:
- Flay explora potência vocal em “IMPERFEITA”, seu primeiro álbum solo
- Flay lança mini documentário anunciando tracklist do álbum “IMPERFEITA”
- Flay acusa Salgueiro de “adorar o demônio” e rebate ataques na internet
Aos 28 anos, Flay está lançando seu primeiro álbum e viu no processo criativo uma forma de lidar com questões íntimas. Uma das 11 faixas que compõem o projeto é “Eu era só uma menina”. A canção trata do episódio de abuso sexual que a cantora sofreu.
Sobre o uso da música para ‘digerir’ a violência, ela relatou: “Foi libertador. Passei um longo período da minha vida sem conseguir lidar com a situação. Cheguei à conclusão que a arte poderia me salvar“.
Ela também falou da relação com o sentimento de culpa que surge em muitas vítimas: “Eu não tive culpa do que havia acontecido. Fui uma vítima. Era uma garota de 11 anos, sem muita informação, que não teve sua vontade respeitada“. Nascida em Nova Floresta, na Paraíba, Flay disse ainda que a educação sexual sempre foi um tabu no meio em que ela foi criada. “Não abordávamos o tema em casa ou na escola”, explicou.
A cantora também descreveu o ocorrido: “Quis beijar um rapaz mais velho, e ele foi avançando, se recusando a atender minha negativa. Meu ‘não’ foi completamente ignorado. Não tinha noção do que viria a seguir”.
“Foi uma sensação horrível. Fui invadida e machucada”, lembrou.
Flay só se sentiu bem para falar sobre o ocorrido agora, 17 anos depois. No entanto, ela revelou que não foi a primeira vez que pensou em trazer o trauma à tona. Foi no BBB20 que ela sentiu que poderia falar sobre o assunto, mas ainda não era o momento.
“Durante muitos anos, escondi o abuso. Apenas minha mãe e duas amigas sabiam do fato. Em 2020, quando participei do BBB, minhas colegas de confinamento trouxeram diversas pautas sobre a mulher, mas eu não estava pronta para ter essa conversa. A sociedade coloca na nossa cabeça que isso é feio, nos responsabilizam de alguma maneira. Porém, não temos do que nos envergonhar, não somos as criminosas”, disse.
LEIA MAIS:
- Flay explora potência vocal em “IMPERFEITA”, seu primeiro álbum solo
- Flay lança mini documentário anunciando tracklist do álbum “IMPERFEITA”
- Flay acusa Salgueiro de “adorar o demônio” e rebate ataques na internet
Flay lançou seu primeiro álbum nesta quinta (9)
Focada em sua carreira solo desde 2020, quando ganhou visibilidade nacional após participar do BBB20, a cantora Flay lançou nesta quinta-feira (09) o seu primeiro álbum independente. Intitulado “IMPERFEITA“, o trabalho explora a potência vocal da artista nos gêneros R&B e pop.
Tendo “Chance Pro Feio” como lead single, o disco foi estruturado para passar a mensagem de força e empoderamento, mas sem deixar os aspectos da vulnerabilidade de lado. A ideia é mostrar todo o percurso, incluindo os altos e baixos, que compõem uma mulher. Dentro de cada uma há uma série de histórias, felizes e tristes; como representado no clipe de “IMPERFEITA”, liberado no mês passado.