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Entenda a polêmica envolvendo Meg White e a sua forma de tocar bateria

Artista foi alvo de recentes críticas em torno de seu trabalho com o The White Stripes

Entenda a polêmica envolvendo Meg White e sua bateria | Foto: Getty Images

Se você é fã de rock dos anos 2000, com certeza já ouviu The White Stripes. A banda é conhecida principalmente por seu sucesso “Seven Nation Army”, cujo riff é considerado o segundo mais conhecido do planeta. O duo era formado por Jack e Meg White.

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Foto: Getty Images

Por impulso, em 1997, Meg tentou tocar na bateria de seu então marido, o vocalista e guitarrista, Jack. Ele gostou tanto resultado que formou a banda junto com sua esposa. Mesmo com os dois se divorciando no ano 2000, o projeto seguiu atividades até 2011. Depois disso, ninguém mais soube de Meg. A baterista não montou nenhum outro projeto musical. Hoje, ela leva uma vida longe dos holofotes.

Ainda assim, a obra deles segue sendo ouvida e admirada por fãs ao redor do mundo. Mas também há quem não goste. Tudo começou quando o jornalista político Lachlan Markay criticou a musicalidade da artista em um discurso retórico do Twitter. A mensagem veio após a indicação do White Stripes ao Rock and Roll Hall of Fame.

A publicação dizia o seguinte:

“A tragédia do White Stripes é pensar o quão incríveis eles teriam sido com um baterista minimamente decente. Sim, sim, já ouvi todas as opiniões do tipo ‘mas é um som cuidadosamente elaborado, cara!’ Vai me desculpar, mas Meg White era péssima.”

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Foi a partir daí que, não apenas fãs, como alguns artistas saíram em defesa de Meg. Um deles foi o próprio ex-esposo, Jack White. Como um bom artista, ele encontrou uma forma diferente de retratar a polêmica. O músico compartilhou um poema junto da foto de Meg White em suas redes sociais. Confira a tradução a seguir:

“Nascer em outro tempo, qualquer época, exceto a nossa, seria bom.
daqui a 100 anos,
daqui a 1000 anos,
algum outro tempo distante, diferente.
um sem demônios, covardes e vampiros em busca de sangue,
um com a inspiração positiva para promover o que é bom.
um campo vazio onde nenhuma papoula vermelha alta é cortada,
onde poderíamos ficar o dia todo, todos os dias, no chão quente e sutil,
e saber exatamente o que dizer e o que tocar para evocar nossos próprios sons.
e ser um com os outros ao nosso redor,
e ainda os que vieram antes,
e servir-nos de todo o seu amor,
e passá-lo novamente mais uma vez.
ter êxtase sobre êxtase sobre êxtase,
sem medo, negatividade ou dor,
e acordar todas as manhãs e ficar feliz em fazer tudo de novo.”

A jovem baterista Nandi Bushell, dona de diversos virais na internet também defendeu a artista. A menina gravou um vídeo tocando “Seven Nation Army” e declarou na legenda:

Meg White é minha heroína. No primeiro dia em que peguei bateria, meu pai me mostrou o vídeo de Seven Nation Army de White Stripes. Eu vi Meg tocando bateria e pensei que ela era a pessoa mais legal do mundo. Eu ainda faço. Quanto mais aprendo sobre música, mais percebo que canções e arte são criadas para despertar emoções profundas na alma. Não importa o quão rápido meus preenchimentos sejam ou os rudimentos numéricos que eu aprendo. Se não posso escrever uma música que comova as pessoas, não posso me considerar um artista. Meg e Jack White escreveram algumas das melhores músicas da história do rock. Eles me incentivaram aos 5 anos a querer tocar bateria e ainda hoje me emocionam! Meus gritos são para você Meg! Você é e sempre será meu exemplo de heroína.

Tom Morello, do Rage Against the Machine, é o mais recente músico a sair em defesa de Meg White:

“Ouvi falar que está rolando uma polêmica sobre este assunto atualmente, então permitam-me mandar a real: #MegWhite é uma das maiores bateristas da história do rock n roll. Não é nem mesmo um debate. Existem APENAS ALGUNS bateristas EM TODOS OS TEMPOS que são INSTANTANEAMENTE reconhecíveis tocando suas MUITAS MÚSICAS DE SUCESSO com sabor, fogo e estilo. Ela está nessa lista, meu amigo. Ela faz muitas viradas complicadas na bateria? Não… GRAÇAS A DEUS!”

“Ela tem estilo e suingue, personalidade e energia, bom gosto e incrível habilidade que estão fora do comum, além de uma vibe inalcançável por todos vocês bateristas chatos que acham que nos importamos com suas engessadas firulas sincopadas. Ela é uma FORÇA e seus discos são eternos degraus de como fazer do seu próprio jeito enquanto agita a p*rra do planeta. @officialjackwhite também sabe disso, então mostrem um pouco de respeito.”

Após receber críticas, Markay cedeu e foi ao Twitter pedir desculpas:

“Você muito provavelmente já viu um tweet infeliz (e já devidamente excluído) que enviei ontem sobre o White Stripes, e Meg White. Foi uma opinião exagerada sobre White como baterista e, sejamos sinceros, foi simplesmente terrível em todos os aspectos — foi mesquinho, irritante e totalmente equivocado.”