O mundo não gira, ele capota…Alguns críticos e fãs podem ter torcido o nariz quando Lady Gaga lançou o seu terceiro álbum de estúdio, o “ARTPOP“, mas nada está imune ao poder do tempo, nem mesmo as ácidas críticas e resenhas da Pitchfork, site estadunidense especializado em música.
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No aniversário de nove anos do projeto, a publicação, que é conhecida por sua acidez, revisitou a obra de Gaga e a reavaliou, concedendo a nota 7.3 ao disco. Segundo a jornalista Claire Lobenfeld, o “ARTPOP” é “um protótipo rebelde para o polido e esperançoso Chromatica“. Ela ainda refletiu sobre o papel da crítica na consagração de um projeto de música pop e elogiou “G.U.Y”, um dos singles daquela era.
“GUY é a melhor música do álbum e foi a melhor faixa de dance da carreira de Gaga até seu bálsamo de trauma de Ariana Grande, ‘Rain on Me’, ser lançado em 2020″
O texto da Pitchfork ainda aborda as controvérsias da parceria de Gaga com o rapper R. Kelly, condenado por crimes sexuais expostos naquela época, na faixa “Do What U Want“. A cantora se desculpou pela colaboração e a retirou do disco. “Não era apenas Gaga fazendo isso na época. Até o final daquele ano, o comportamento de Kelly foi amplamente ignorado, e Gaga foi irreverente sobre sua reputação”, diz o artigo.
Pontuando a produção caótica e as letras camp, o site ressalta a honestidade da cantora ao longo das faixas do disco, que também retratam sua dor e momento artístico. “O álbum brinca com a fricção entre a vulnerabilidade e persona, objeto e agente e também o trauma“.
“A dor é, em última análise, uma base mais forte para a arte do que uma sopa. E enquanto ARTPOP faz trocadilhos camp – ou seja, rimar “Uranus” com “ass is famous” – o álbum, como está agora, é o melhor quando colide com o que a machucou”.