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Pantanal: Isabel Teixeira comenta sucesso de Maria Bruaca no “Mais Você”

A atriz falou sobre a “fivela de respeito” e cenas icônicas da personagem

Foto: TV Globo

Isabel Teixeira, a atriz que interpreta Maria Bruaca em “Pantanal” tomou um café da manhã com Ana Maria Braga no “Mais Você” desta quarta-feira (22). Ela contou que passou 38 anos no teatro, mas o sentimento é de que está começando agora e aprendendo o novo modelo do audiovisual. Além disso, a atriz ainda comentou sobre o sucesso da personagem nas redes sociais e as cenas que mais repercutiram.

Foto: TV Globo

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A intérprete da Maria Bruaca começou aos 10 anos no teatro, com influência da mãe. “São 38 anos initerruptamente no teatro e a vida foi me levando a isso mesmo. Teatro é mais analógico, artesanal, é para poucos naquele dia, depois a gente repete. Tem um alcance que a gente consegue enxergar, a gente vê o público“, disse.

Agora, eu estou me sentindo presenteada e apaixonada, como estava quando entrei na escola de arte dramática com 20 anos. Esse alcance da televisão, da novela, que é um patrimônio do nosso país e é uma linguagem que a gente domina. Estou vendo isso acontecer, os profissionais que trabalham com isso, estou convivendo com pessoas que fazem novela“, ressaltou.

Sucesso nas redes

Por outro lado, ela ainda não sabe lidar com o alcance da novela. “Acho que ainda não tenho consciência real desse alcance. Não andei por aí ainda, quando saio eu vou de máscara. Ainda estou no meu cotidiano, em uma vida como sempre vivi. Então não senti ainda, só sinto esse calor que uma sala de teatro me dá nas redes sociais“, contou.

Dessa forma, Isabel contou que usa o poder das redes sociais para avaliar o efeito que a novela tem nas pessoas. “Sou muito discreta nas redes sociais. Tenho vontade de responder todo mundo que me escreve, mas não dá. Sempre que dá eu leio, respondo, dou muita risada e também me protejo. Também é um trabalho porque eu vejo como o personagem e a novela, como o trabalho que a gente tá fazendo atinge as pessoas“, ressaltou.

Influência da família

Antes que pudesse fazer a Maria Bruaca, ela já esteve na novela “Amor de mãe“, interpretando a Jane. Mas, para ter este caminho artístico, sua mãe foi a grande influência.

Logo depois, ela fez a faculdade de Letras até começar estudar arte. “Foi algo muito natural. Depois fui fazer faculdade de letras. Aí entrei para a escola de arte dramática e uma coisa levou a outra“, disse.

Após tudo isso, agora ela tem a oportunidade de trabalhar com o pai na mesma novela e também o irmão. Renato Teixeira, o pai, e Chico Teixeira, irmão, onde os dois fazem o personagem Quim em épocas diferentes. “A novela nos aproximou de uma certa maneira. Depois cada um foi para um canto, com sua carreia, sempre nos comunicamos. Mas a gente se viu chegando juntos para fazer um trabalho onde cada um chegou por conta própria“, afirmou.

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Bastidores de Pantanal

Além disso, Isabel também contou sobre os bastidores da novela. “Como a gente foi feliz. Eu tenho estrada, viajei muito, muitas peças e sempre no coletivo. Mas o que a gente viveu em ‘Pantanal’ foi muito intenso, muito bonito“, apontou.

Tive momento inesquecíveis com a natureza e com essa segunda natureza que é do audiovisual e de como fazer novela. Acho que estou começando, por isso estou apaixonada como estava na escola e aí estou com essa paixão e ao mesmo tempo com olhar de aprendiz. Tenho aprendido coisas sobre o ser humano e sobre esse ofício“, afirmou.

Encontro entre as Marias Bruacas

A atriz Ângela Leal interpretou Maria Bruaca da primeira versão da novela, em 1990. Em uma conversa com Isabel, ela elogiou a nova versão da personagem e também a colega. “Você corresponde brilhantemente. Eu senti o tempo todo que você teve uma ligação comigo, com o meu trabalho, com respeito. Quero que você ganhe todos os prêmios no mundo porque essa personagem é a mais emblemática da novela. A gente ganhou um afeto uma pela outra, um carinho, uma amizade, que só a sensibilidade artística pode explicar“, disse Ângela.

Dessa forma, Isabel contou como foi sua preparação para interpretar a nova Maria Bruaca. “É um processo, um trabalho. Para mim, tenho esse desenho na minha cabeça de como fui chegando e não tem ao certo ainda, está em aberto. Eu assisti a Ângela fazendo e ela quando fez a Maria Bruaca era uma obra aberta, que é uma novela sendo escrita enquanto está sendo vista pelo público”, contou.

Para mim, essa novela, essa personagem, também é escrita pela Ângela. Eu tinha essa mulher no meu imaginário e então eu falei que era um presente para mim. Assisti ela fazendo, tinha visto a novela e assisti novamente ano passado“, destacou.

Maria Bruaca inspira mulheres

Assim sendo, a atriz contou como imaginou a personagem. “Ela tem medo, é muita coisa, muita sensação, sentimento. Esse desenho que faço da Maria, é que ela ficou 30 anos casada num lugar que não tinha acesso a referência. Ela não vê uma televisão, não lê um livro, ela trabalha na casa“, disse.

A hora que ela descobre a tragédia que é, ela achava que era ela e o Tenório, uma vida inteira numa mentira, e ela se debate, não sabe o que fazer. Acompanhando as redes, eu vejo as pessoas falando ‘bota um cropped, reage, vai à luta’. Mas não é tão simples, dá medo“, ressaltou Isabel.

Além disso, ela reforçou que a personagem está passando por um processo. “Tem que dar um passo e uma coisa interessantíssima dessa personagem é que ela dá o passo. Tem que aceitar o tempo das coisas para a gente entender o que está acontecendo. Se a gente resolve a história da Maria Bruaca, eu sou eliminada da novela, né? Tem um tempo de duração“, contou.

Fivela de respeito

Por fim, as cenas icônicas de Maria Bruaca também foram exibidas no programa. Uma delas, foi quando ela estava com Levi e teve que se esconder de Tenório. “Eu coloquei no meu Instagram um vídeo que roubei do Leandro Lima, que é quando eu levantei disso e eu rolava de rir. Foi divertidíssimo fazer“, disse.

Além disso, a “fivela de respeito” também invadiu as redes sociais e teve grande repercussão. “Essa cena a gente não sabia que teria toda essa repercussão. Ele fala assim: ‘A fivela do cinto somente’. Mas no texto está: ‘Somente a fivela do meu cinto’. O Juliano (Cazarré) tem uma coisa meio de Guimarães Rosa porque ele faz uma inversão e vira uma poesia“, elogiou o companheiro. “Ele é um ator que brinca em cena, ele gosta de contar história e isso nos une“, acrescentou.

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