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“Pânico no Submundo”: Pitchfork aclama álbum do produtor paulista DJ K

Nota atribuída ao disco surpreendeu a web; veja qual foi!

Você já ouviu falar no 'funk bruxaria'? É como o produtor paulistano define o som dele. Foto: Instagram/@djkobruxo

No disco “Pânico no Submundo”, lançado no último dia 14, o produtor paulista DJ K promove uma viagem ao oculto que, aparentemente, a Pitchfork adorou embarcar. O site de críticas musicais estadunidense, famoso por publicar resenhas ‘ácidas’ de discos e atribuir a eles notas abaixo da média, chocou a web ao enaltecer o novo compilado de DJ K, que põe em prática o que ele chama de ‘beat da bruxaria’.

Foto: Instagram/@djkobruxo

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“Algumas das visões mais vanguardistas do baile funk vêm de São Paulo: considere o ‘funk paulista’ ou ‘funk ostentação’, que é conhecido por sua ênfase lírica em flexões bombásticas materialistas. Também originário de São Paulo é o DJ K, uma das estrelas do Baile do Helipa, a festa de rua que acontece na maior favela da cidade. Seu novo álbum – ‘Pânico no Submundo’ – leva as bordas do baile funk aos extremos do horrorcore com um estilo que ele chama de ‘bruxaria'”, define a Pitchfork em uma resenha que desemboca em nota 7.9.

O texto reconhece, ainda, a ascensão global do funk brasileiro e destaca o esforço de artistas mainstream em sua expansão, incluindo Anitta. A crítica ainda trata Diplo e Drake como exemplos de artistas que tentaram se apropriar do gênero.

“O baile funk conseguiu resistir à apropriação generalizada, provavelmente porque seus produtores frequentemente desafiam os limites do próprio som”, enfatizam.

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“Como uma compilação, ‘Pânico no Submundo’ oferece uma emocionante introdução a uma cena amplamente dominada por singles individuais e loosies do SoundCloud, mas não sacrifica nada de sua especificidade cênica ou experimentações medianas. Esta não é uma lista de reprodução do Baile Funk 101 com curadoria de pessoas de fora; é uma transmissão direto das favelas. ‘Pânico no Submundo’ alegremente explode qualquer convenção em seu caminho, enquanto DJ K cria um audacioso som cyberpunk a partir dos escombros deixados para trás”, conclui a publicação a respeito do disco de DJ K.

O produtor paulistano, que ainda não é conhecido pelo grande público, celebra a repercussão internacional do álbum. Do alto de seus pouco mais de 140 mil ouvintes mensais no Spotify (até o fechamento desta matéria), ele se questiona nas redes sociais: “O que tá acontecendo?”.

No Instagram, onde acumula 13,7 mil seguidores, ele fez uma brincadeira comparando as notas que a Pitchfork deu ao disco dele e ao último lançado por Ed Sheeran, o “- (Subtract)”, que recebeu nota 3.8. “Por que choras, Ed Sheeran?”, escreveu DJ K.