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Pabllo Vittar, Urias e mais famosos expõem caso de transfobia e agressão no RJ

A polícia está investigando a agressão a três mulheres na Lapa; as vítimas dizem que foram agredidas por mais de 15 homens

(Foto: Instagram @pabllovittar, @zurialm e @uriasss)

A uma semana do Dia da Visibilidade Trans e Travesti, um caso de transfobia marcou o último fim de semana. Através das redes sociais, uma mulher trans expôs que foi vítima de agressão na Lapa, no Rio de Janeiro, ao lado de suas irmãs. Diante disso, nomes como Pabllo Vittar, Urias, Érika Hilton, Deize Tigrona, entre outros nomes, lametaram o ocorrido e cobraram justiça pelas vítimas.

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A vítima exibiu o resultado das agressões que sofreu. (Foto: Instagram/@zurialm)

Através das redes sociais, Zuri relatou tudo que aconteceu com ela e suas duas irmãs ao saírem de uma roda de samba, onde teriam sido agredidas por mais de 15 homens. “Fui espancada por um grupo de homens, dentre eles seguranças, ambulantes e motorista de aplicativo que, após me retirar agressivamente do samba, iniciaram uma agressão verbal com falas transfóbicas […] nos jogaram no chão e nos chutaram por todo o corpo, cabeça e rosto”, contou.

De acordo com ela, uma das suas irmãs ficou desacordada dentro de um táxi em que elas tentavam se proteger. “Um deles abriu a porta de onde estava e deu um pisão em meu rosto que estourou meu supercílio e quebrou meu nariz e me jogou no chão”, escreveu. Atualmente, a Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso.


Nos comentários da publicação, diversos políticos e famosos prestaram apoio às vítimas. “Oh amor… sinto muito, doi imaginar tudo isso que vocês passaram. É muita covardia”, escreveu Deize Tigrona. “Me dói imaginar você passando por tudo isso, sendo violentada dessa forma! Isso é um absurdo, comentou Spartakus.

Candy Mel, da Banda Uó, também comentou o ocorrido. “Quem tira o sorriso de uma travesti merece o peso da nossa dor. Pessoas trans precisam aprender defesa pessoal ou alguma luta.
Não dá pra gente ser só belezas. Chega de ficar a mercê da bondade alheia”, escreveu ela.

Em seus perfis nas redes sociais, Pabllo Vittar e Urias também compartilharam posts sobre o assunto para colaborar com a busca por justiça. Érika Hilton também colocou sua equipe de prontidão para analisar o caso. “A transfobia e as ameaças às nossas vidas não podem passar impunes”, escreveu ela.

Em nota, o Casarão Firmino, local onde o crime aconteceu, deu a entender que as vítimas não estavam dizendo a verdade e que a briga havia começado a partir delas. O comunicado, no entanto, foi excluído e substituido por um texto diferente algumas horas depois.

Em seu novo pronunciamento, o espaço ofereceu auxílio à Zuri e suas irmãs. “Estamos à disposição das mulheres envolvidas no caso para acolhimento, apoio e apuração dos fatos, assim como das autoridades competentes para o esclarecimento da lamentável ocorrência”, escreveram.

“O Casarão do Firmino se compromete a reforçar o treinamento de todos os nossos colaboradores, com o objetivo de garantir o respeito às diversidades – em especial ao público LGBTQIAP+, bem como racial e étnica – à dignidade humana e à liberdade de pensamento e de ideologia política”, acrescentou a nota.

Números demonstram perigo aos corpos trans e travestis

Por mais chocante que seja todo o caso e Zuri e suas irmãs, a situação não é inédita. De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra) no ano passado, o Brasil teve 131 assassinatos de pessoas transexuais e travestis em 2022.

Com isso, o país como líder no ranking de violência a pessoas travestis e transexuais pelo 14º ano consecutivo. Em época de Carnaval, a situação fica ainda mais tensa. Segundo a Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans), os casos de transfobia são potencializados e esse grupo acaba se tornando vítima com maio reincidência.

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