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Usando o Growth Hacking para medir o sucesso de um artista

Foto: Acervo Pessoal

Há alguns anos, passamos a medir o tamanho e sucesso de um artista através das paradas e plays nas plataformas digitais e seguidores nas redes sociais. Com isso, o mercado acabou sujeito a práticas indevidas como a compra de seguidores e plays nessas plataformas, em busca de um sucesso baseado em análises sem sentido.

E é sobre isso que eu quero falar hoje. Da importância que é construir uma base de fãs leais, muito mais que focar em uma quantidade de plays de uma música. É sobre conseguir unir o marketing criativo, automatizado e com inteligência de dados.

Esta estratégia, conhecida como Growth Hacking, começou no Vale do Silício com startups, com métodos de baixo custo, analíticos e criativos, girando em torno da tomada de decisões baseadas no crescimento. O tal do crescimento, considerado por muitos ou até mesmo a grande maioria do nosso mercado, como o maior indicador de sucesso.

Foto: Reprodução/Site vidahacker.io

Mas, veja bem, qual o sentido em ter seguidores e ouvintes que não têm interesse na sua música e conteúdo? Do que adianta ter seguidores que não compram ingresso para seu show? É realmente esse tipo de fã que vai ajudar a promover a sua carreira?

Pensando nessa estratégia de Growth Hacking, conseguimos estabelecer uma meta de crescimento de fãs através de análise de dados disponíveis (Chartmetric, Spotify For Artists e Estúdio de Criação do Facebook, são algumas das ferramentas) conseguindo produzir conteúdos estratégicos e criativos atrelados à engajamento e buzz.

Para conquistar esses objetivos, você precisa definir metas claras, então podemos dividir em etapas:

Tenha interesse e uma estratégia baseada na retenção de fãs reais e leais

Com eles, é possível traçar diversos tipos de análises de público, de performance musical, suas preferências, e tantos outros dados que podem influenciar diretamente na sua estratégia e trajetória. Seguidores e plays fakes sujam sua base de dados, corrompem suas análises e não trazem retorno financeiro.

Sua música precisa ser descoberta

Então você precisa conquistar um público que goste do que você propõe. Tenha sempre em mente seu público-alvo e o que você espera dele.

Pensando nisso, o Spotify divulgou ano passado, que está realizando testes de serviço que pretendem ampliar as recomendações musicais da plataforma onde os algoritmos contabilizem o que é importante para o artista. Segundo eles, “talvez uma música pela qual eles estão particularmente animados, um aniversário de álbum que estão celebrando, um momento cultural viral que estão vivenciando ou outros fatores com os quais se importam”. No pagamento, as gravadoras, ou detentores de direitos, concordam em receber uma taxa promocional de royalties de gravação.

Ative ouvintes em seguidores

Depois que sua música for descoberta, trace uma estratégia em que permaneça sempre no radar de seus fãs. Traga novidades, compartilhe conteúdos que tenham a ver com sua música, projeto e público. Tenha frequência e consistência.

Sua música precisa ser compartilhada, entendida e respondida

Quando amamos alguma coisa, queremos compartilhar e incentivar então, provoque este sentimento nos fãs. Tenha um planejamento de marketing musical baseado em estratégias viáveis e aplicáveis, através de dados que tenha acesso e em objetivos que te geram retorno e buzz.

São inúmeras inovações que estamos vivendo diariamente. Temos cada vez mais acesso à informação e dados, baixo custo em campanhas digitais de marketing, proximidade com os fãs através das redes sociais. Aproveite tudo isso! Analise, planeje e, principalmente, conte sua história para o mundo.

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CAMILA ARIAS É PÓS-GRADUADA EM MARKETING DIGITAL PELA FGV. ATUALMENTE TRABALHA COMO GERENTE DE MARKETING DIGITAL PARA A LIVE TALENTOS, ALÉM DE ATENDER DIVERSOS OUTROS CLIENTES. ENTRE OS MAIS DE 20 ARTISTAS QUE GERENCIA, ESTÃO CHITÃOZINHO E XORORÓ, ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO, EDSON E HUDSON, SAMBÔ E MAKE U SWEAT.
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