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Projeto convoca musicistas com deficiência para formação de orquestra em São Paulo

Ao todo serão selecionados 30 estudantes para quatro meses de ensaios sob regência do maestro Roberto Tibiriçá

OPESP convoca musicistas com deficiência para formação de orquestra | Foto: Divulgação

A OPESP (Orquestra Parassinfônica de São Paulo) está com uma chamada pública para novos músicos com deficiência. A seleção será feita por meio de edital e os interessados devem se inscrever no site da OPESP, até o dia 11 de abril de 2022. Após uma pré-seleção das inscrições online, até 90 pessoas irão para a fase de audições presenciais.

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Desse grupo, 30 serão selecionados para quatro meses de ensaios sob regência do maestro Roberto Tibiriçá – titular da cadeira de nº 5 da Academia Brasileira de Música e Membro Honorário da Academia Nacional de Música. Por fim, um grande concerto será realizado no Theatro Municipal de São Paulo com o grupo.

Selecionados terão quatro meses de ensaios com maestro Roberto Tibiriçá | Foto: Paulo Lacerda/Divulgação

Dados do IBGE apontam que 8,4% da população brasileira acima de dois anos, o que representa 17,3 milhões de pessoas, tem algum tipo de deficiência. A pesquisa detalha que 7,8 milhões, ou 3,8% da população acima de dois anos, apresenta deficiência física nos membros inferiores, enquanto 2,7% das pessoas tem nos membros superiores. Além disso, 3,4% dos brasileiros possuem deficiência visual; 1,1%, deficiência auditiva.

Foi contrapondo esses números com a representatividade dessa população na música brasileira que Igor Cayres, mestre em atividades culturais e artísticas e produtor cultural, construiu o projeto da OPESP (Orquestra Parassinfônica de São Paulo) para criação, desenvolvimento e promoção da primeira orquestra do mundo constituída apenas por integrantes com deficiência física.

“Nossa missão com a OPESP é promover o empoderamento de músicos e musicistas com deficiência para que essas pessoas possam desempenhar seu efetivo protagonismo na sociedade”, explica Igor Cayres.

“Queremos contribuir para a educação de uma sociedade livre de estigmas e preconceitos em torno das pessoas com deficiência. Com isso em vista, fazemos valer a máxima de que a música é a linguagem universal da humanidade e utilizamos essa ferramenta poderosa para contar histórias de vida e amor pela música, sob uma ótica de acolhimento, empatia e, acima de tudo, igualitária sobre as pessoas com deficiência física e motora”, completa.

Foto: Reprodução

Quem pode se candidatar

Está apta a se inscrever qualquer pessoa entre 18 e 48 anos, com deficiência física ou motora comprovada. É necessário também ter conhecimento musical em uma das classes de instrumentos abaixo:

  • Cordas (violinos, violas, violoncelos, contrabaixos);
  • Madeiras (flautas, oboés, clarinetes, fagotes);
  • Metais (trompetes, trompas);Instrumentos de percussão (tímpanos).