O cineasta Fernando Grostein Andrade (de “Quebrando o Tabu”), irmão de Luciano Huck, chega ao Festival do Rio deste ano com um projeto diferente. Seu filme “Necklace”, que será apresentado no dia 9 de outubro, faz parte de um projeto multidimensional, criado com o marido ator e cantor Fernando Siqueira, que envolve ainda músicas e shows.
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“O projeto nasceu como uma resposta à crise de saúde mental que acredito que o mundo está vivendo atualmente”, Fernando Grostein Andrade diz ao POPline. A crise, a seu ver, é motivada por três fatores: a angústia de existir, o aumento da desigualdade social, e o impacto das redes sociais.
“O Necklace surge como uma tentativa humilde de responder a essa crise. A música, que está no coração do projeto, é uma linguagem universal falada por pessoas de todas as cores, orientações sexuais, e independente de qualquer tipo de distúrbio, seja ele visível ou invisível, ou da língua falada por cada pessoa. Sentimos a necessidade de fazer um projeto curativo que falasse essa língua universal, a língua dos sentimentos e das emoções, que dialoga com a gente quando estamos sozinhos, ou em um show, em uma festa, no carro, em qualquer situação”, conta o cineasta.
O lugar da música em “Necklace”
A música foi a semente do projeto. O casal vai lançar um EP, “FernandoS”, e fazer um show no Manouche, no dia 8 de outubro, com as músicas autorais presentes no longa-metragem, que mistura documentário e ficção. Depois, elas serão compiladas em um álbum duplo.
“A música tem um papel muito especial para mim. Cresci ouvindo artistas como Taylor Swift nos meus fones de ouvido, e ela sempre foi uma referência na maneira de contar histórias e conectar emoções através das letras. Foi com essa inspiração, e com muitos sentimentos enlatados dentro de mim, que começamos a escrever as músicas do Necklace, usando a música como uma forma de explorar sentimentos profundos e difíceis. O projeto foi se expandindo naturalmente, e o que começou como uma série de músicas acabou virando uma história mais ampla, contada em vários formatos”, diz Fernando Siqueira.