O rapper MV Bill acabou de lanar um livro inédito “A Vida Me Ensinou A Caminhar”, que reúne crônicas sobre a trajetória desta voz que é uma das protagonistas da história do rap e dos movimentos sociais no Brasil. O músico resgata a sua história em primeira pessoa, que se mistura com o cotidiano do país, honrando a sua essência de eterno “cria” da comunidade Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. A obra está a venda no formato físico pelo site da Editora Age, responsável pela distribuição do título.
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“A Vida Me Ensinou A Caminhar” parte da premissa de que é preciso mergulhar nas raízes para se conhecer alguém. Uma das vozes mais respeitadas do rap nacional, MV Bill evidencia no decorrer de 27 capítulos que reúnem 224 páginas, um talento que derrubou muros e construiu pontes, e que ajudou a conduzir — através das suas próprias vivências — a realidade das comunidades para uma visibilidade nas grandes mídias, fomentando pautas e discussões relevantes.
O livro aborda a formação de um movimento social, os primeiros grupos de hip hop cariocas e a primeira apresentação artística na Cidade de Deus. Em seguida, vem os shows mais importantes, a escalada ao sucesso e o preço da fama. Relatos sobre parceiros como Chorão, ex-vocalista do grupo Charlie Brown Jr, Racionais MC’s e as apresentações mais emblemáticas na TV aberta.
Também registra os bastidores da primeira comitiva de artistas do rap nacional que foram recebidos por um presidente da república no Palácio do Planalto, em 2002. A cada memória, a cada crônica, esse artista incansável segue nos surpreendendo, revelando um pedaço de sua essência.
Com “A Vida Me Ensinou A Caminhar”, MV Bill reforça uma particularidade que seus fãs conhecem muito bem: ele é um exímio contador de histórias. É possível conhecer cenários, pessoas e vivenciar a Cidade de Deus nos anos 1990. O que mudou de lá pra cá? Como a indústria da música se adaptou aos novos tempos digitais ao longo desses anos? E a TV? Como foi que Bill, apesar de todas as dificuldades, conseguiu se consolidar como uma voz fundamental das periferias brasileiras? É o que acompanhamos ao longo destas intensas memórias, em um relato que contribui de maneira fundamental para um melhor entendimento de todo o poder e vigor da cultura nacional em constante mutação.