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Cada vez mais competitivo: músicas precisam de mais de 200 mil plays por dia para entrar em ranking do Spotify

Foto: Divulgação

Nos Estados Unidos, a Billboard Hot 100 continua sendo a principal referência de sucesso. No Brasil, sem uma parada oficial, o termômetro é mesmo a lista das mais ouvidas do Spotify Brasil. É lá que os artistas almejam as melhores posições e, se isso acontecer, ganham prestígio no mercado. No entanto, não anda fácil entrar no top do Brasil. Em média, não dá pra entrar no top 5 sem pelo menos 200.000 plays por dia, um número expressivo.

Por vias de comparação, voltamos à parada deste mesmo 10 de agosto, só que em 2018. Na época, “Fica Tudo Bem“, de Silva e Anitta entrava em 50º lugar com 161,072 streams. Voltando mais um ano, em 2017, “Attention“, do Charlie Puth, estava na mesma posição com 139,870 plays. Este ano, na parada de hoje, Giulia Be está no #50 com 228,557 streams. Deu pra perceber o quanto esse número cresce a cada ano, não é mesmo?

O primeiro lugar no Brasil chega a passar 800,000 streams diários. Impressionante!

Paradas do Spotify
Foto: FreePik @upklyak

Sites paralelos publicam o top 200 do Spotify, mas o top 50 é o mais disputado. A playlist oficial “As 50 mais tocadas no Brasil” só tem as 50 primeiras e isso agrega grande visibilidade. Falando em playlists, elas são fundamentais para o sucesso de uma música. Acontece de faixas estrearem bem, mas caírem rápido. Esse apoio inicial vem de forma orgânica com os fãs, mas sem o apoio de playlists grandes, fica difícil segurar.

A maioria das playlists grandes são de propriedade do Spotify Brasil, que decide a inclusão e posicionamento das músicas editorialmente. Os algoritmos ajudam a plataforma a definir apoio às faixas, quanto menos a música é pulada por usuários em playlists ou no modo rádio, ela tem mais chance de entrar nessas listas mais concorridas. Consequentemente, o posicionamento melhora.

Outros países

Vale ressaltar que o Brasil está muito à frente de outros países em reproduções. No Reino Unido, por exemplo, para entrar no top 50 é preciso cerca de 100.000 plays diários. No Canadá, o número cai para 60.000. Essas são paradas bem valorizadas pelos artistas internacionais – estes que precisam ter muita sorte para entrar no top 50 do Brasil, que é dominando por nacionais.

Os números, no entanto, nos Estados Unidos são maiores. Para entrar no top 50, é preciso de pelo menos 400.000 plays diário. No Brasil, isso renderia um top 15.

A popularidade do Spotify no Brasil é evidente. Enquanto o iTunes (que nunca emplacou por aqui e agora, menos ainda) perdeu a relevância, o Spotify só aumenta em assinantes. De acordo com o site Istoé Dinheiro, no mundo são 130 milhões de assinantes premium, crescendo mais 30% a cada ano. É claro, boa parte dessa parcela são de brasileiros.

Nova função do Spotify permite audição em grupo

Que tal ouvir aquele álbum novo, ou uma playlist de hinos, junto com amigos, ao mesmo tempo? É essa a intenção com a “sessão de grupo”. Essa função é exclusiva só para usuários premium, ou seja, pagantes. Funciona assim: haverá um dono da sessão, que funcionará como um DJ e decidirá o que vai tocar (claro, com um toque colaborativo). Enquanto isso, as pessoas convidadas vão curtir ao mesmo tempo.

Essa sessão é compartilhada por um código especial gerado. O dono pode compartilhar o controle de reprodução, sendo que o host e os convidados podem pausar, reproduzir, pular e selecionar faixas na fila e adicionar suas próprias escolhas à lista. É como uma festa, mas todo mundo tem o direito de escolher o que ouvir (só não vale dar briga).

Veja a lista do top 50 brasileiro: