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O que aconteceu no mundo da música desde o último show da Rihanna?

Antes do Super Bowl, a cantora saiu em turnê pela última vez em 2016 com a “ANTI World Tour”
(Foto: Getty Images - Uso autorizado POPline)

Rihanna fez um dos comeback’s mais esperados com o halftime show do Super Bowl na noite do último domingo (12). Grávida do segundo ‘Fenty Baby’, há especulações e expectativas sobre uma possível turnê mundial para suceder a “ANTI World Tour”, que encerrou em 2016. A cantora não subia nos palcos desde então e muita coisa aconteceu no mundo da música nesse intervalo! Pensando nisso, o POPline preparou uma lista para relembrar os fenômenos que surgiram, quebras de recorde nos charts, as novas tendências que ditaram o cenário musical nos últimos anos e muito mais!

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Novos fenômenos e tendências surgiram no mundo da música nos últimos anos. (Foto: Getty Images – Uso autorizado POPline)

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Novos rostinhos nos charts e grandes fenômenos

Nos últimos anos, muitos artistas cresceram e se consagraram como grandes nomes no mundo da música. Começando pela primeira cantora nascida em 2000 a atingir recordes surpreendentes, Billie Eilish ganhou popularidade em 2016 com a música “Ocean Eyes”. Depois, estourou no mundo em 2019, com “Bad Guy”, que a colocou em primeiro lugar no Hot 100 da Billboard, ultrapassando Lil Nas X, que era o número um com “Old Town Road”. O single do rapper americano detém o recorde de música que ficou há mais tempo em primeiro lugar, com 19 semanas.

Após o primeiro grande sucesso, Lil Nas X se destacou novamente com “Montero (Call Me by Your Name)” e “Industry Baby”, que reinaram por uma semana no topo das paradas, entre julho e novembro de 2021. Dua Lipa também chegou no topo das paradas após o enorme sucesso da faixa “New Rules”, em 2017. Lançado em março de 2020, seu álbum “Future Nostalgia” virou um dos projetos mais bem sucedidos da história e entrou para o Top 10 de álbuns mais ouvidos do Spotify.

Queridinho da moda, o ex-One Direction Harry Styles foi um dos maiores fenômenos dos últimos tempos. Com o fim do grupo em 2016, ele seguiu carreira solo e lançou três álbuns desde então: “Harry Styles” (2017), “Fine Line” (2019) e “Harry’s House” (2022). Dois dos maiores sucessos do artista são “Watermelon Sugar”, de 2019 e “As It Was”, em 2022 – que liderou a Billboard Hot 100 por 15 semanas não consecutivas e foi a música mais escutada no mundo em 2022.

Depois de muito sucesso com outras faixas em 2014, cinco anos depois, em 2019, The Weeknd conquistou o primeiro lugar na paradas das 100 maiores canções de todos os tempos com “Blinding Lights”, segundo a Billboard. O artista ajudou a expandir o R&B no cenário musical e incorpora influências indies e eletrônicas.

K-pop em ascensão! 

Dentre as novas carinhas, o gênero K-pop cresceu muito e vem ganhando cada vez mais espaço e fãs. E não tem como falar de K-pop sem citar o BTS! O grupo, formado por sete meninos, é considerado um dos mais populares do mundo e vem quebrando recordes e mais recordes. Eles se formaram em 2013, mas foi em 2017 que a fama chegou.

Em 2022 se tornaram os artistas que mais venderam álbuns na história de toda a Coréia do Sul, com mais de 30 milhões de discos vendidos, de acordo com o Circle Chart. Dos singles de sucesso, “Boy With Luv” feat. Halsey (2019) e “Dinamyte” (2020) são os mais famosos. Apesar da grande fama, no final de 2022 eles entraram em hiato, até 2025, para cumprirem os deveres militares na Coreia do Sul.

BLACKPINK in your area!” Em 2016, nasceu o maior girl group sul-coreano. A partir de 2018, o sucesso internacional chegou e as quatro meninas já foram apelidadas como as maiores do mundo. Dentre os reconhecimentos, os videoclipes de “Kill This Love” (2019) e “How You Like That” (2020) quebraram o recorde de videoclipe mais visto nas primeiras 24 horas de lançamento – e entraram até para o Guinness World Records duas vezes.

TikTok e lives!

Com a pandemia da Covid-19, que iniciou em março de 2020, o TikTok se tornou o maior aliado dos produtores de conteúdo. Dentro de casa, as trends e vídeos da plataforma ocuparam o tempo de grande parte da população. E o resultado disso? Muitos artistas surgiram, cresceram e ganharam fãs e reconhecimento. Novas caras apareceram e outras alavancaram com a ajuda da rede social.

Cantando positividade e amor próprio, Lizzo é um dos maiores exemplos de um fenômeno que alavancou com a ajuda do TikTok. Em 2019, música “Truth Hurts” bombou na plataforma e a cantora foi ganhando cada vez mais reconhecimento. O single dominou as listas de streamings e se tornou a música mais tocada em diversos países no mundo.

Ela chegou com os dois pés na porta! “Sour” é o álbum de estreia de Olivia Rodrigo, artista revelação de 2022. Lançado em 2021, o disco atingiu o topo das paradas, com músicas no Top 10 da Billboard. Olivia foi a artista feminina a atingir o maior número de ouvintes em suas faixas de estreia. Os singles que mais bombaram, em grande parte devido ao alcance que obteve na plataforma, foram “Drivers License”, “Good 4 U” e “Deja Vu”.

Doja Cat também lançou três álbuns que foram muito aclamado pelo público. Em 2018, “Amala”, o álbum de estreia da artista, e “Hot Pink”, segundo disco, de 2019, alcançaram altas posições nas paradas. Em 2020, ela continuou a quebrar recordes com seus hits que viralizaram, principalmente com as trends do TikTok, e chegou novamente ao Hot 100, com a faixa “Say So”.

A banda italiana Måneskin é outro exemplo do poder da rede social. Lançada em 2017, a versão de “Beggin”  demorou para estourar no mundo. Mas graças à uma trend que usava a música, em 2021, eles atingiram o primeiro lugar nas paradas de diversos países. Surfando na onda do sucesso, a banda continuou inovando e alastrando o novo Rock and Roll. Com um mix de sensualidade e estilo clássico, os italianos lançaram os singles “MAMMAMIA” (2021) e “SUPERMODEL” (2022), e provaram que, além de talentosos, são uma nova aposta para o cenário musical.

Lives

Vale citar que, durante a pandemia, os artistas, que antes tinham agendas lotadas de shows, se depararam com um cenário completamente fora do esperado. Com apresentações canceladas e o contato humano apresentando risco de vida para a população, a arte precisou se reinventar. Com isso, surgiu uma nova tendência momentânea: os shows virtuais, mais conhecidos como ‘lives’.

Dentro de suas próprias casas, inúmeros cantores e artistas de todo o mundo transmitiram suas apresentações e performances ao vivo e online. Assim, os fãs de toda parte do mundo puderam assistir aos shows em segurança, enquanto os artistas deram um jeito de levar a arte para dentro da casa das pessoas, em um momento onde as interações estavam limitadas ao mundo virtual.

Comebacks

No meio tempo entre o último show da Bad Gal Riri, em 2016, e os dias atuais, o mundo da música comemorou o comeback de diversos artista que, assim como ela, também estavam dando um break dos palcos.

Os Jonas Brothers, fenômeno adolescente que bombou em 2007, anunciaram o retorno da banda depois de seis anos de pausa. Eles se separaram em 2013 e surpreenderam os fãs com o lançamento do single “Sucker”, em 2019. O ABBA se reuniu depois de 40 anos e lançaram o álbum “Voyage”, em 2021, sucessor do “The Visitors”, lançado em 1981. Quem não ama uma banda de vovôs!?

Quase seis anos depois do lançamento do último álbum, “25”, Adele teve um retorno icônico e entregou tudo com o single “Easy On Me” e o novo álbum “30”, em 2021. Depois do hiato de cinco anos, o Paramore, outra banda que estourou com o pop-rock em 2007, deu as caras com o single “This Is Why” no final de 2022.

A rainha do pop Beyoncé, também teve seu devido comeback em 2022. Depois do último lançamento solo com o álbum “Lemonade”, em 2016, a Queen B presenteou os fãs com o aclamado “Renaissance” em julho de 2022.

Fenômeno dos anos 2000, o comeback do grupo RBD abalou os fãs da da novela mexicana “Rebelde”. Depois da última apresentação no final de 2008, eles se reuniram novamente e levaram o fandom à loucura com o anúncio de uma série de shows em 2023 – que eles prometem ser os últimos.

Outras bandas e artistas como Avril Lavigne, Sandy e Júnior, McFly, System of a Down e AC/DC também lançaram álbuns e faixas depois de um período de pausa nos trabalhos.

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Grandes perdas 

Como nem tudo são flores, o cenário musical e os fãs de todo o mundo sofreram com grandes perdas nos últimos anos.

Chester Bennington, vocalista do Linkin Park, se suicidou em julho de 2017, aos 41 anos. Marília Mendonça, cantora sertaneja brasileira, morreu em novembro de 2021, aos 26 anos, em um acidente de avião. Andy Fletcher, tecladista do Depeche Mode, morreu em maio de 2022, aos 60 anos, por uma dissecção da aorta. Taylor Hawkins, baterista do Foo Fighters, morreu de suposta overdose, aos 50 anos, em março de 2022.

Além deles, outras grandes personalidades como Aaron Carter, Elza Soares, Erasmo Carlos e Gal Costa também nos deixaram recentemente. Demi Lovato, por sua vez, também deu um susto nos fãs com uma overdose quase fatal em 2018. Felizmente, a cantora se recuperou e o episódio foi assunto do novo álbum da artista, “Holy Fvck”, lançado em 2022.

O poder de Stranger Things 

Não é surpresa que os Duffer Brothers sabem bolar uma boa trilha sonora e a 4° temporada de “Stranger Things” reiterou ainda mais seu êxito. O sucesso da Netflix vai muito além da trama intrigante e da vibe nostálgica dos anos 80 e, ao aproximar a Geração Z do cenário oitentista, a série levou clássicos como “Separate Ways (Worlds Apart)”, do Journey e “Should I Stay or Should I Go”, do The Clash para as playlists dos fãs mais jovens e ao topo dos rankings de streaming.

O sucesso da temporada foi tão avassalador que levou a canção “Running Up That Hill (A Deal With God)”, da cantora britânica Kate Bush, lançada em 1985, ao número um global do Spotify. Segundo o Guinness World Records, a cantora e compositora conquistou três recordes: artista feminina mais velha a alcançar o número um das paradas do Reino Unido, maior tempo para uma faixa liderar a parada oficial de singles do Reino Unido e o maior intervalo entre os números um.

Além disso, o heavy metal ganhou destaque na temporada ao trazer para uma cena icônica a faixa-título de um dos álbuns mais ovacionados no universo do rock. “Master of Puppets”, do Metallica, foi lançado em 1986 e é tido como um dos trabalhos mais emblemáticos da banda por diversos motivos como o teor político das letras e a sonoridade acentuada.

O impacto da cena em que Eddie Munson (Joseph Quinn) executa com maestria o clássico dos anos 80 foi tanto que seguiu o ‘efeito Kate Bush’ e viralizou na internet. O episódio foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais por semanas e colocou o single na posição 40 na Bilboard Hot 100, em primeiro lugar na parada de rock do iTunes e em 14° no Top Global do Spotify, 36 anos após seu lançamento.

No topo! Momentos memoráveis em solo brasileiro

Em março de 2022, o Lollapalooza Brasil parou para dar 100% de “Attention” e ver Miley Cyrus entregar um dos melhores shows do festival. A dona do mais novo hit “Flowers” carregou os fãs na palma das mãos ao som de músicas memoráveis e nostálgicas. Entre um hit e outro, um momento muito marcante do show foi quando a cantora se emocionou ao cantar “Angels Like You” em homenagem à Taylor Hawkins, que foi encontrado morto um dia antes do show e que também se apresentaria no festival.

Miley ainda convidou a brasileira Anitta para o palco e, juntas, as duas fizeram do autódromo uma grande festa ao som de “Boys Don’t Cry”, single da carioca. Falando nela… Anitta, a querida funkeira brasileira, também ganhou muito reconhecimento e popularidade no mundo inteiro.

Com canções em outros idiomas como inglês e espanhol, a artista, que já fazia muito sucesso no Brasil, marcou seu nome na história ao chegar na quarta posição do Top 5 Global do Spotify. Com a música “Envolver”, lançada em 2022, ela se tornou a primeira cantora brasileira a alcançar essa marca – e rendeu até indicação ao Grammy 2023 como “Artista Revelação”.

Em setembro de 2022, Parque Olímpico do Rio de Janeiro ficou pequeno para as luzes do Coldplay. A banda britânica trouxe a turnê “Music Of The Spheres” e fez da Cidade do Rock seu próprio universo. Com direito à pirotecnia e as clássicas pulseiras coloridas, os britânicos fizeram história para um público de mais de 100 mil pessoas no festival.

Mesmo debaixo de uma chuva torrencial, Chris Martin foi o maestro da noite e trouxe ao palco não somente grandes hits da banda, mas também momentos memoráveis como uma versão em português do single “Magic” e um trecho de “Mas que nada”, de Jorge Ben. Ele sabe como conquistar um brasileiro, né!?

A grandiosidade de mais de 100 mil vozes e luzes sincronizadas em direção ao Palco Mundo foi tanta que o show foi comparado ao do Queen, em 1985. Na época, Freddie Mercury, liderou uma versão épica e inesquecível de “Love Of My Live” cantada unicamente pelo público. Em um comunicado oficial feito pela organização do festival, Roberto Medina disse que “só houve um momento como o de hoje [dia do show do Coldplay], o de Freddie Mercury em 1985. Foi incrível, foi memorável”.

Tendências 

Com o passar dos anos, muitas tendências são resgatadas, umas vão, outras voltam, e a cena musical está sempre em atualização. Um dos gêneros que voltou com tudo foi o disco-pop. Grandes artistas se inspiraram na modalidade e lançaram álbuns com uma pegada vintage de nostalgia. Entram pra essa lista Dua Lipa com “Future Nostalgia”, lançado em 2020; Kylie Minogue com “Disco”, do mesmo ano; Jessie Ware com “Supernova”, em 2021 e Beyoncé com “Renaissance”, lançado em 2022.

O reggaeton também foi outro estilo que bombou recentemente. Com novos fenômenos como Bad Bunny e Rosalía, os latinos vem conquistado cada vez mais espaço e o coração dos fãs no mundo todo. Sendo o estilo musical de maior sucesso na América Latina, com os movimentos migratórios e as mudanças culturas, o reggaeton é um gênero que promete crescer muito mundialmente e entregar diversos hits de sucesso.

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