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Mercado fonográfico brasileiro arrecadou R$ 2,5 bi em 2022, aponta Pró-Música 

O relatório revela que a Indústria fonográfica nacional cresceu 15% em relação ao ano anterior e leva o país ao top 10 da indústria global de música
Foto: Divulgação

A Pró-Música divulgou nesta terça-feira (21) o relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro, que registra crescimento pelo sexto ano consecutivo.  Em 2022, o setor arrecadou R$ 2,526 bilhões (USD 489 milhões), um crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior.  

Com esse resultado, o Brasil subiu duas posições no ranking geral da IFPI e agora ocupa o 9º lugar mundial na indústria de música. No total, o mercado fonográfico brasileiro atingiu R$ 2,5 bilhões, quase dobrando o seu faturamento nos últimos quatro anos (2019 a 2022).

Mercado Fonográfico Brasileiro em 2022. Foto: Divulgação/Relatório Pró-Música

O levantamento aponta que as vendas digitais e físicas cresceram 15,4% no país, totalizando R$ 2,2 bilhões em 2022. As receitas de execução pública para produtores, artistas e músicos somaram R$ 323 milhões, um aumento de 15,3% em relação a 2021.  

Leia Mais:

 Pró-Música aponta que streaming representa 86% das receitas

 O streaming foi a principal responsável pelo crescimento do mercado, com as receitas subindo 15,4% e atingindo R$ 2,2 bilhões. As plataformas de streaming ‘on demand’ continuam sendo a principal fonte de receita para a indústria fonográfica brasileira, representando 86,2% do total das receitas em 2022. 

Receitas de streaming por formato. Foto: Divulgação/Relatório Pró-Música

As receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 1,343 milhões, com crescimento de 21,6% em relação a 2021. O faturamento gerado por streaming remunerado por publicidade foi de R$ 447 milhões, com variação positiva de 35,2% em relação ao verificado em 2021. Já os vídeos musicais em streaming com interatividade, e remunerados exclusivamente por publicidade, geraram recursos de R$ 386,6 milhões em 2022.

Receitas com assinatura puxam o crescimento do streaming. Foto: Divulgação/Relatório Pró-Música

Já as receitas de vendas físicas representaram apenas 0,5% do total das receitas da indústria fonográfica brasileira, com faturamento de R$ 11,8 milhões. No físico, os CDs foram o formato mais comercializado em 2022, com faturamento de R$ 6,7 milhões, seguido pelas vendas de discos de Vinil, com R$ 4,7 milhões, e DVDs com vendas de R$ 0,4 milhão.

Vendas físicas, downloads, mobiles e outros. Foto: Divulgação/Relatório Pró-Música

Segundo Paulo Rosa, Presidente da Pró-Música Brasil, as estatísticas do mercado de música gravadas no ano de 2022 continuam a mostrar a consolidação do streaming como formato amplamente dominante na distribuição de música em áudio e/ou vídeo no Brasil. 

“São 6 anos consecutivos de crescimento no mercado brasileiro, com taxas sempre acima da média mundial do setor. Este crescimento, melhor dizendo, recuperação, é determinado pelo desenvolvimento do streaming como principal modelo de negócio do setor fonográfico atual. Crescem consistentemente tanto as receitas decorrentes de subscrições às plataformas, como também aquelas geradas por publicidade. Igualmente determinante para este crescimento foi a retomada no nível de reinvestimento das empresas fonográficas em novos talentos artísticos, marketing, promoção de artistas e catálogos de gravações musicais”, destaca Paulo Rosa, Presidente da Pró-Música Brasil.

Paulo Rosa, diretor da Pró-Música Brasil. Foto: Divulgação

 “O modelo atual do streaming favorece o surgimento de uma diversidade enorme de artistas dos mais variados gêneros musicais, e seu acesso instantâneo às redes de distribuição, através de variados modelos de negócio, por meio de produtores fonográficos com atuação internacional ou apenas local, agregadores, distribuidores e todo um ecossistema que, de fato, serve primordialmente para que a música gravada chegue a cada vez mais consumidores no mundo inteiro”, completa o executivo.

O Brasil no relatório da IFPI

O crescimento do mercado brasileiro está acima da média mundial, segundo o relatório da IFPI, também divulgado nesta terça-feira (21). O levantamento internacional aponta que a indústria mercado global de música gravada cresceu 9,0% em 2022, impulsionado pelo crescimento do streaming por assinatura paga. 

Os números divulgados pelo Relatório Global de Música da IFPI mostram que as receitas comerciais totais para 2022 foram de US$ 26,2 bilhões. As receitas de streaming de áudio por assinatura no mundo aumentaram 10,3%, para US$ 12,7 bilhões, através de 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2022. O streaming total, incluindo assinatura paga e suporte de publicidade, cresceu 11,5%, atingindo US$ 17,5 bilhões, ou 67,0% do total das receitas globais de música gravada. Para ver o documento na íntegra, acesse aqui.

Top 10 músicas brasileiras mais tocadas nas plataformas de streaming

O relatório traz ainda o ranking das 200 músicas brasileiras mais tocadas nas plataformas de streaming em 2022. Confira o top 10: 

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1 Mal Feito (Ao Vivo) Hugo & Guilherme, Marília Mendonça
2 Malvadão 3 Xamã, Gustah & Neo Beats
3 Vai Lá Em Casa Hoje (feat. Marília Mendonça) George Henrique & Rodrigo
4 Bloqueado (Ao Vivo) Gusttavo Lima
5 Molhando o Volante Jorge & Mateus
6 Termina Comigo Antes Gusttavo Lima
7 Malvada Zé Felipe
8 Balanço da Rede Matheus Fernandes & Xand Avião
9 A Maior Saudade (Ao Vivo) Henrique & Juliano
10 Sentadona S2 Davi Kneip, Mc Frog, Dj Gabriel do Borel & Luísa Sonza

 

Hugo & Guilherme e Marília Mendonça chegaram ao topo das músicas mais tocadas no Brasil em 2022 com o hit ‘Mal Feito’. Foto: Flaney Gonzalez (Som Livre)

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