Depois de ver sua autobiografia estrear em primeiro lugar entre os livros mais vendidos, Mariah Carey resolveu unir-se a outras celebridades e personalidades na campanha que estampa as capas da revista norte-americana V Magazine.
Neste mês, 12 capas com diferentes influenciadores vão circular pelo país incentivando que a população vá as urnas escolher quem deverá assumir a presidência do país pelos próximos 4 anos. Nomes como os de Taylor Swift e Jaden Smith também emprestaram seus rostos a edição especial.
Em um artigo assinado por Mariah, a cantora criticou a desigualdade racial e social que permeia a população norte-americana. “Fomos socializados para acreditar que a pobreza é um fracasso pessoal, e não dos nossos sistemas”, disse Mariah em um dos trechos mais impactantes de seu texto.
“Uma das razões pelas quais escrevi minhas memórias foi para “emancipar” minha identidade racial – ela tem sido uma fonte de mal-entendidos e dor quase debilitante. Não havia ‘uma maneira’ de falar sobre isso. É muito complexo. Não se trata apenas de preto e branco, que nem sempre é apenas preto e branco. Para mim, também tem a ver com classe e abandono“, opinou.
Ainda falando sobre as questões indenitárias que a perturbaram durante sua vida e carreira a cantora disse:
“A política de identidade é tão pessoal e tão difundida – não é apenas a sua aparência, é sobre como você é capaz de – ou incapaz de – mover-se pelo mundo. Cresci como um estranho, mas ainda há muitas pessoas que procuram um espaço que as aceite e honre como são. A ampliação do movimento pela justiça racial, com o apoio de um mosaico de origens e identidades, já era necessária”.
Sobre as desigualdades sociais nos Estados Unidos, a cantora fez uma relação com sua própria história:
“Há uma ‘vilanização’ daqueles que têm necessidades não atendidas, seja o acesso a cuidados de saúde (incluindo cuidados de saúde mental), ajuda financeira, moradia acessível, sem falar da oportunidade de rir e encontrar alegria além do trabalho”, disse Mariah a revista.