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Manu Gavassi desabafa: “como artista-mulher é muito difícil ter a autonomia”

Ela conseguiu essa autonomia no álbum “Gracinha”.

Foto: Guilherme Nabhan

Manu Gavassi está na capa da revista Quem com uma sessão de fotos ousada e inédita. Na entrevista, ela fala sobre a nova fase da sua carreira. O álbum e o filme “Gracinha” representam uma maturidade para ela, significa que ela ela mais ativa e forte.

Foto: Guilherme Nabhan

Apesar de ter adotado o cabelo ruivo para esta nova fase, ela tinha acabado de tingir seus cabelos com o tradicional preto pouco antes da sessão de fotos. Este é um momento em que ela está muito ciente do seu papel como mulher e artista.

“Como artista-mulher é muito difícil ter a autonomia de uma líder e imprimir nossas ideias. Entendi que muitas vezes, quando eu tratava de igual para igual o meu time e dava as minhas ideias, as pessoas viam como: ‘Nossa, ela é brava! Como ela é grossa’”, refletiu ela.

Foto: Guilherme Nabhan

Manu Gavassi continua: “E eu não me achava nem brava e nem grossa, me achava excelente no que estava propondo. Não entendia essa fofura, doçura e humildade que eram esperadas de mim. Isso só é esperado da mulher. Homens, neste mesmo lugar, são aplaudidos. ‘Nossa, ele é um gênio. Olha como ele dá ordens! Eu aprendo muito com ele. Ele disse que eu estava errado, mas é verdade’.  Ser mulher na sociedade é um grande pisar em ovos”, avalia.

Foto: Guilherme Nabhan


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Manu Gavassi fala do feminismo

Com seu álbum “Gracinha“, Manu Gavassi fala de feminismo mesmo que isso não fique tão claro. Mas se você prestar atenção, tem muito desse lado em faixas como “Cansei” e na faixa-título.

Foto: Guilherme Nabhan

“Tem muitas pinceladas de feminismo disfarçadas ou não tão claras em Gracinha que são da minha vivência e não foram planejadas. O mercado deixou muito popular a ideia do feminismo, o que é ótimo, só que pode ser uma cilada”, disse ela.

Foto: Guilherme Nabhan

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Para Manu Gavassi, cada pessoa tem sua vivência com o feminismo.

Você pode estar falando disso sem entender muito bem o que é para você. Qual a sua experiência com o feminismo? Como você se sente aprisionada? Quais são as suas lutas? Quando eu entendi o que era a primeira música, Gracinha, e a última música, Cansei, pensei, ‘Caraca! É um grito sem querer ser’. A primeira música diz: ‘Cansei de fazer gracinha’. Estou quebrada por dentro e quanto mais gracinha eu faço mais estou quebrada por dentro… A última música fala, ‘Eu cansei. Falaram que eu era louca por tempo demais e eu acreditei’.

Foto: Guilherme Nabhan


Ela segue a reflexão: “Eu fui só vivendo e escrevendo sobre isso sem pretensão alguma. Quando vi, é isso, isso é ser mulher. Historicamente é o que todas nós vivemos em diferentes períodos do tempo. Umas queimaram sutiãs, foram queimadas na fogueira, outras foram como a maravilhosa Rita Lee, que desde os anos 80, está nesta luta e fazendo coisas extremamente vanguardistas. Vi que a luta é sempre a mesma e isso faz parte de ser mulher

Foto: Guilherme Nabhan

Entrevista com o Portal POPline

Assim que Manu Gavassi lançou o álbum “Gracinha”, o Portal POPline foi um dos primeiros veículos de imprensa que falou com ela após uma pausa. Na entrevista, dá para entender muito bem o objetivo do projeto e seu momento de vida.



Foto: Guilherme Nabhan
Foto: Guilherme Nabhan

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