Um dos jogadores de futebol mais populares de toda a história, Edson Arantes do Nascimento, conhecido mundialmente como Pelé, também teve sua carreira marcada por participações em projetos artísticos. Vitima de um câncer nesta quinta-feira (29), o Rei do Futebol estrelou cerca de 18 filmes.
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No cinema, uma das produções mais conhecidas com sua participação é “Fuga para a Vitória”, de 1981, no qual contracenou com Sylvester Stallone. O filme mostra uma partida de futebol que foi realizada em meio a Segunda Guerra Mundial entre prisioneiros de guerra aliados e um time alemão.
Mas antes disso ele já havia estrelado outras histórias, como “O Rei Pelé”, de 1962, e “O Barão Otelo no Barato dos Bilhões”, de 1971, no qual vive um banqueiro rico e generoso. No ano seguinte, esteve em “A Marcha”, interpretando o escravo Chico Bondade.
Pelé também foi um dos protagonistas do filme “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, de 1986. A produção foi gravada durante a final da Taça Guanabara, com o estádio do Maracanã lotado. Na época, o público estimado era de 121 mil torcedores.
Pelé também teve sua história retratada em diversos documentários, como “Isto É Pelé” (1974), de Eduardo Escorel e Luiz Carlos Barreto, “Pelé Eterno” (2004), de Aníbal Massaini Neto, e “Cine Pelé” (2011), de Evaldo Mocarzel.
Em relatos de profissionais da indústria, era unanimidade dizer que o ex-atleta era um homem esforçado e sensível, apesar de nunca ter formação na área. Além disso, o ‘jeitinho brasileiro’ foi um fator importante para ele conseguir conquistar a simpatia de diversos produtores, inclusive internacionais.
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Mas o lado ator de Pelé não se resume ao cinema, ele também se arriscou na televisão ao protagonizar a telenovela “Os Estranhos” (1969), na extinta TV Excelsior. Escrita pela novelista Ivani Ribeiro, o projeto foi inspirado nas missões espaciais da época e falava sobre contato com alienígenas.
Em entrevista para a revista Placar em 2004, o eterno artilheiro das Copas comentou sobre sua paixão pela arte e confessou que adorava se envolver com esse lado cultural. Todo orgulhoso da carreira que construiu ao longo dos anos, ele disse: “No cinema, se tinha um filme sobre criança e futebol, sempre chamavam o Pelé”.
Pelé faleceu vítima de complicações de um câncer no cólon, o qual enfrentava desde 2021. No dia 29 de novembro, ele precisou ser internado após realizar alguns exames que não estavam agendados. Na época, o Hospital Albert Einstein afirmou que a internação foi para a “reavaliação do tratamento quimioterápico”. Ele deixa sua esposa, Márcia Aoki, além de sete filhos.