Na última semana, a Suprema Corte dos Estados Unidos revogou o direito ao aborto legal no país, decisão conhecida como Roe vs Wade, de 1973. O fato, então, abalou as mulheres de todo mundo e está sendo apontado como um retrocesso. Logo, Madonna decidiu se posicionar sobre o assunto, reforçando a importância da legalização e lamentando a falta de direito feminino sobre os próprios corpos.
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No Instagram, ela declarou que esta é uma terrível notícia e criticou a decisão da Suprema Corte.
“A legislação decidiu que não temos mais direitos como mulheres sobre nossos corpos. Essa decisão mergulhou a mim e a todas as outras mulheres deste país em profundo desespero. Agora, a Suprema Corte decidiu que os direitos das mulheres não são mais direitos constitucionais. Na verdade, temos menos direitos do que uma arma”, lamentou a artista.
Na sequência, Madonna disse temer pelas filhas e todas as mulheres do país. Então, convocou a todas para se unirem a ela na luta em prol do aborto legal nos EUA.
“Estou com medo pelas minhas filhas. Estou com medo por todas as mulheres na América! Simplesmente com medo. Acho que Deus colocou isso em nossos ombros agora porque ele sabia que éramos fortes o suficiente para suportar o peso. Forte o suficiente para lutar e forte o suficiente para superar. E assim vamos superar! Encontraremos uma maneira de torná-la uma lei federal para proteger os direitos ao aborto! Senhoras, vocês estão prontas para lutar?“, destacou.
Madonna já cantou sobre gravidez e aborto no hit “Papa Don’t Preach”
Aos 63 anos, esta não é a primeira vez que a artista aborda o tema. Em 1986, Madonna chocou o mundo ao chamar atenção para a gravidez na adolescência em “Papa Don’t Preach”. No videoclipe, a jovem decide enfrentar o pai e ter seu bebê. Conforme o sucesso da música aumentava, as críticas e o apoio recebido de grupos preocupados com gravidez e aborto também cresciam.
Enquanto alguns grupos acusavam a artista de incentivar a gravidez precoce, outros exigiam que ela gravasse uma versão com o ponto de vista oposto. Até mesmo a Igreja Católica se meteu na confusão. “Na verdade, esta canção é sobre uma garota que está tomando uma decisão em sua vida. Ela tem uma relação muito próxima com o pai e quer manter essa proximidade. Claro, quem sabe como isso vai acabar?“, limitou-se a dizer Madonna.
Sem escolher um lado da polêmica, Madonna viu o single “Papa Don’t Preach” ascender ao topo da parada americana e britânica e tornar-se uma de suas músicas mais famosas. Passados 36 anos, tudo se resume ao direito que a mulher deve ter sobre seu corpo. E a sociedade parece não ter avançado neste tema.
Assista ao clipe de “Papa Don’t Preach”: