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Capa da Vanity Fair, Madonna analisa seu impacto cultural após 40 anos de carreira

A estrela também falou sobre feminismo, sexualidade, religião e diversidade

Foto: LUIGI & IANGO (Vanity Fair)

O comeback é real! Finalmente, Madonna anunciou a tão aguardada turnê mundial “The Celebration Tour”, que marcará uma comemoração aos seus 40 anos de carreira. No entanto, a diva voltou com toda a força e nesta quarta-feira (18), ela estrelou a capa da Vanity Fair e se tornou a primeira do projeto anual “Icon Issue”.

Foto: LUIGI & IANGO (Vanity Fair)

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A Rainha do Pop começou o ano de 2023 como destaque da Vanity Fair. As versões italiana, francesa e espanhola da revista uniram forças para lançar o projeto “Icon Issue”, a primeira de uma iniciativa anual dedicada a celebrar um grande ícone da cultura contemporânea.

Durante a entrevista exclusiva, Madonna falou sobre os mais diversos assuntos e dentre estes, feminismo, sexualidade, religião e diversidade, bem como revelou o preço que precisou pagar ao definir alguns de seus posicionamentos mais polêmicos na carreira.

Para a ocasião, a Rainha do Pop foi escolhida para participar de um projeto artístico criado pelos fotógrafos Luigi & Iango . A colaboração resultou em uma filmagem de dois dias que envolveu mais de 80 pessoas, contou com roupas de Alta Costura ou feitas sob medida e exclusiva, e inclui um curta-metragem, uma performance de arte urbana e uma exposição em Milão marcada para setembro de 2023.

Além disso, personalidades como John Galliano e Pedro Almodóvar analisaram a trajetória de Madonna para este número, aprofundando o impacto de uma artista extraordinária capaz de revolucionar a história do show, contribuindo para a evolução cultural do mundo inteiro.

“Nunca me concentro nas derrotas porque tudo o que acontece com você é uma vitória, mesmo o que você perceba como uma derrota. Tenho pavor de viver em uma sociedade onde você não pode ser livre para expressar sua individualidade ou seus pensamentos. Sinto que as pessoas estão ficando cada vez mais receosas de expressar suas opiniões, de serem autênticas. É como viver em um daqueles filmes distópicos futuristas. O problema é que isso parece ter se tornado realidade”, afirmou Madonna.

Foto: LUIGI & IANGO (Vanity Fair)

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Durante a entrevista, Madonna relembrou o primeiro momento em que se sentiu atacada pelo seu trabalho e foi durante a coletiva de imprensa do lançamento icônico do documentário “Na Cama Com Madonna”. Além disso, a estrela comentou sobre a sessão de fotos feitas à revista em que simulou o personagem de Jesus Cristo.

“Fui criada na religião católica e percebi que se a Igreja não conseguia ver meu trabalho de artista como algo positivo, isso era problema deles. Eles tinham o problema, porque não entendiam que meu trabalho como artista unia as pessoas, dava liberdade de expressão, unidade. Era um espelho dos ensinamentos de Jesus e do cristianismo, então aqueles que me atacaram eram hipócritas”, contou a Rainha do Pop.

Um dos momentos mais polêmicos da sessão de fotos para a primeira edição do “Icon Issue”, foi quando Madonna simulou a “última ceia” de Jesus, mas desta vez, protagonizada completamente por mulheres.

“Achei que seria interessante virar a mesa e encher Jesus de energia feminina, rodeado de discípulas. Gostei da ideia de brincar com essa contradição, que não é bem assim”, contou.

Foto: LUIGI & IANGO (Vanity Fair)

Dentro de alguns meses, Madonna dará início a tão aguardada “The Celebration Tour”, turnê mundial que deve passar por 35 cidades começando pela América do Norte, no sábado, 15 de julho, na Rogers Arena em Vancouver. Durante a entrevista, ela revelou que o momento é desafiador.

“Estou muito animada com meus desafios futuros. Estou prestes a criar um novo show e tenho trabalhado em um roteiro para um filme sobre minha vida por vários anos. É um bom momento porque reúno ideias, me inspiro, convivo com pessoas criativas, vejo muitos filmes, ouço música e me tornei uma antropóloga social. Eu procuro inspiração onde quer que eu vá e onde eu possa encontrá-la”, finalizou a estrela.