Você é adepto da cultura do cancelamento? Esse é aquele hábito de boicotar completamente alguém que vai contra suas ideologias. O assunto é polêmico, mas tem um ícone da cultura pop que é contra isso: Madonna!
A cantora deu uma entrevista à V Magazine e falou que prefere o diálogo ao cancelamento. No álbum “Madame X“, há uma citação: “Os artistas estão aqui para perturbar a paz“. Então, é daí que começa sua reflexão.
“É interessante porque a paz é subjetiva. A forma como as pessoas pensam sobre a pandemia, por exemplo, que a vacinação é a única resposta ou a polarização de pensar que você está deste lado ou do outro. Não há debate, não há discussão. Isso é algo que quero perturbar. Eu quero perturbar o fato de que não somos encorajados a discutir isso. Acredito que nosso trabalho é perturbar o estado das coisas“, explica.
“A censura que está acontecendo no mundo agora é muito assustadora. Ninguém tem permissão para falar o que pensa agora. Ninguém tem permissão para dizer o que realmente pensa sobre as coisas por medo de ser cancelado, essa é a cultura do cancelamento” – Madonna.
Para Madonna, o trabalho de artista é perturbador
Madonna nunca foi do tipo de cantora que faz só o que as pessoas se sentem confortáveis de ver. Por muitas vezes ela quebrou paradigmas. No entanto, por essa entrevista, sua intenção nunca foi simplesmente impor nada, mas sim abrir uma discussão sobre os assuntos.
“Na cultura do cancelamento, perturbar a paz é provavelmente um ato de traição. Podemos começar por aí, e então podemos apenas falar sobre nosso trabalho como artistas. O trabalho que você faz é muito perturbador, mas não de um jeito ruim. Quando eu assisti Slave Play (uma peça em três atos de Jeremy O. Harris sobre raça, sexo, relações de poder, trauma e relações inter-raciais) minha mente estava explodindo por tantos motivos. Você fala sobre coisas que não são encorajadas a serem faladas. Você lida com tópicos que não são discutidos na sociedade cotidiana, embora devamos estar muito esclarecidos“, completou ela.
E aí, o que você acha sobre a cultura do cancelamento?