Luísa Sonza concedeu uma longa entrevista ao jornalista Léo Dias, do Metrópoles, e falou sobre sua carreira, o álbum “Doce 22” e o seu casamento com o humorista Whindersson Nunes.
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A cantora comentou as recentes críticas feitas a sua performance durante um show em um festival LGBTQIA+. Na ocasião, a artista mostrou, em primeira mão, um trecho de seu single com Ludmilla, “Café da Manhã“. Enquanto cantava a canção, Sonza tirou a roupa e ficou apenas com um biquíni.
Veja um vídeo da performance, compartilhado pela própria cantora nas redes sociais:
A performance, inspirada em Madonna, repercutiu nas redes sociais e rendeu algumas críticas de internautas, que consideraram a apresentação apelativa.
Durante a entrevista, o jornalista questionou qual é o limite da sensualidade. A cantora foi direta: “o limite que você se sentir bem”. Luísa disse que alcança seu objetivo quando impressiona e causa novas discussões.
“É que assim. Tem uma galera que não gosta de mim e fica tendenciando uma parada que ela não entendeu o contexto”, disse Sonza. “
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“Pelo amor de Deus, eu estava de biquíni. Madonna fazia isso nos anos 80 e eu estou em 2022 falando sobre isso”, continuou. “Eu estava me despindo da era antiga, da era dark. Era uma coisa feliz”, explicou.
“Foi dois segundos de um show foda que eu fiz, com muito vocal – desculpe, mas é verdade -, com muita música triste, com todo tipo de entretenimento possível. Meu show é bem diversificado mesmo. Não é nada apelativo também, nada que o povo cria assim… Esse seria o último show que eu faria antes da era que não seria mais dark, seria colorida (…) Era eu festejando e me despindo de uma coisa difícil, do preto que era pra mim, do que eu vivi, que doeu muito, de verdade, do fundo do meu coração.”
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Provocada pelo entrevistador, Luísa ressaltou a importância da audácia no trabalho do artista. “Mas ser artista é ser audacioso. Se eu não fosse audaciosa eu não seria artista, eu estaria em um banco fazendo…sei lá”, desabafou a cantora.
“Ser artista é isso, Brasil. A gente têm que, as vezes, errar, a gente tem que estar disposto a sair fora da caixinha, a gente tem que estar disposto a se arriscar. O meu corpo não é mais meu, ele é da arte. Ele não é de ninguém, eu faço o que eu quiser com ele. Mas, ali, quando eu estou no palco, eu não tenho vergonha de nada.”
Em seguida, Luísa citou artistas consagrados e conhecidos por provocar o público através da expressão artística. “As pessoas me criticam, mas eu tenho certeza que você é, no mínimo, fã da Madonna, fã do Michael Jackson, fã da Rita Lee, da Cássia Eller, da Marisa Monte, da Gal Costa, do Ney Matogrosso, do Cazuza. Na época, eles agradaram muita gente e desagradaram outros, mas eles foram eles. Ser artista é isso.”
— LUÍSA SONZA 🍎 (@luisasonza) February 21, 2022
Feminismo x Sexualização
Posts problematizando a performance de Luísa surgiram nas redes sociais após o seu show no festival Hopi Pride. Textos com reflexões sobre feminismo usaram a cantora como exemplo para abordar a hipersexualização do corpo feminino.
“A galera colocou muito na pauta do feminismo isso, tipo ‘isso não é feminismo’. Eu tenho uma bandeira e que eu defendo muito, até pelo meu lugar de fala enquanto mulher que é o feminismo. Mas eu não sou a bandeira. Eu sou uma pessoa livre, eu falo sobre tudo (…) Eu também sofro por amor, eu, as vezes, sinto ciúmes. Eu também não sou uma mulher forte o tempo todo (…) Eu não sou monotemática”, ressaltou a cantora de “Penhasco“.
“Eu erro. Eu não sou perfeita e nem quero ser. O peso de você ser perfeita é um peso impossível do ser humano carregar. Não tem como. Eu não quero ser a perfeita”, concluiu a Sonza.
Confira a entrevista completa aqui.