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Luísa Sonza fala sobre como encontrou sua identidade musical para o álbum “Pandora”: “descobri que posso ser tudo”


No último dia 14 de junho Luísa Sonza deu um grande passo na carreira ao lançar o “Pandora”, o primeiro álbum de sua carreira. Quem curte todas as músicas, pode observar que esse é um álbum bem eclético. Em entrevista ao Deezer Brasil, a cantora falando sobre o assunto. Para ela, foi todo um processo até descobrir que poderia abraçar seus vários lados.

“Eu sou assim. Eu gosto de fazer o que eu gosto. Muita gente fala, ‘ah, a Luísa fez muitos hits’, mas eu fiz hits porque eu gosto de hit, não porque eu sei que vai hitar ou não. Isso não me interessa tanto. Eu me sinto feliz, me sinto fazendo minha verdade. Assim, eu não preciso de grana, eu não preciso de mais, não é nem que eu não queira fazer sucesso, eu sou ambiciosa, mas eu faço porque gosto acima de tudo. Eu não vivo sem a música”, explicou ela.

Luísa conta que, antes, se incomodava por ter referências musicais ecléticas, mas descobriu que isso não é um problema. “Eu me martirizava muito com isso, eu falava: ‘acabei ficando sem identidade’. Aí eu parei pra pensar e descobri que não preciso ter só uma veia, descobri que posso ser tudo. É isso que eu sou. Eu gosto de tudo, gosto de jazz, blues, R&B, pop, farofa, funk. Não vou mais ter medo de bater nessa tecla”.

O próprio tema do álbum, “Pandora”, mostra esse lado variado. Artefato da mitologia grega, conta-se que Pandora foi a primeira mulher criada por Zeus. Ela, então, abria uma caixa que continha todos os males do mundo, deixando escapar tudo, menos a esperança.

Segundo a cantora, essa foi uma ideia do diretor Rodrigo Pitta. “Eu estava falando sobre caixas, alguma coisa sobre sair da caixa. Inclusive, o show, vai ter uma temática sobre isso. Então ele disse que tem a ver com ‘Pandora’, além de ter uma questão feminista – uma mulher abre a caixa. Foi também para mudar um paradigma, já que no mito é como se fosse ruim mostrar seus medos. Eles estão ali, então você precisa abrir para enfrentá-los, isso não é ruim”, reflete.

Sobre os próximos singles, depois de “Garupa”, sua parceria com Pabllo Vittar, ela garante que planejou tudo. “Já tem tudo organizado. Amor, já estou em outro álbum”.

Algo que já está certo, no entanto, é um clipe para “Bomba Relógio”, parceria com Vitão. A faixa, por sinal, tem uma história curiosa. “A intenção da música era mesmo ser radiofônica”, comentou. “Essa música se chamava ‘Vem Cá Bebê’ e tinha outra letra totalmente diferente. Quando eu fui gravar, eu comecei a chorar. Não era minha verdade, não era o tipo de coisa que eu falaria. Então, graças a Deus, a equipe toda do hitmaker falou que poderíamos refazer, recolando em outro tema. Hoje ela é uma das que eu mais gosto”.

Assista à entrevista ao Deezer Brasil comandada por Mari Pacheco: