Luísa Mell usou o Instagram para comentar o caso de “A Mulher da Casa Abandonada”. A ativista se envolveu com a história ao resgatar animais que estavam na propriedade, segundo ela, com a saúde debilitada. “A vítima desta história é a mulher analfabeta que foi escravizada e maltratada por 20 anos! Ela tem sua identidade em sigilo. A criminosa é a Margarida [Bonetti]. Nao confundam as coisas”, escreveu.
“Ela nunca pagou pelo crime seríssimo que cometeu. E nem vai pagar. Inacreditavelmente. E tem gente ainda querendo transformar em vítima a vilã da história. Aqui não. Mesmo maluca, doida, desequilibrada, ela cometeu por 20 anos uma das maiores atrocidades. E na hora de fugir ela não foi maluca, né?”, completou Luísa Mell.
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Por que Luísa Mell se envolveu no caso?
Nesta semana, Luísa Mell participou de uma operação policial na casa de Margarida Bonetti, a mulher retratada no podcast “A Mulher da Casa Abandonada”. Ela, que já havia pegado dois cães na casa, levou mais um. Segundo a ativista, ela foi chamada pela polícia, porque supostamente havia um gato maltratado na casa. Luísa fez uma transmissão ao vivo da entrada no Instagram, e todos puderam ver Margarida alterada com o tumulto e a apreensão do animal.
Na TV, o apresentador Datena falou que Margarida Bonetti é uma “senhorinha frágil” e o delegado Doutor Nico disse que ela vive em “situação análoga à escravidão”. Pareceram confundir os dados da história, apresentada no podcast. Daí vem a fala de Luísa Mell, sobre transformarem a vilão em vítima.
Quem é Margarida Bonetti, a mulher investigada em “A Mulher da Casa Abandonada”?
Margarida Bonetti é, para os vizinhos de Higienópolis, uma criatura excêntrica. Morando sozinha em uma mansão caindo aos pedaços, ela leva uma vida isolada e costumava chamar mais atenção quando aparecia na rua protestando contra derrubada de árvores. Em um desses protestos, o jornalista Chico Felitti a notou. Querendo saber mais dela, descobriu se tratar de uma foragida do FBI.
Ela e o marido Renê Bonetti foram acusados de explorar por 20 anos, agredir e negar auxílio médico a uma empregada doméstica que levaram do Brasil para os Estados Unidos. A vítima vivia em situação análoga à escravidão: seu passaporte ficou retido com os patrões e ela nunca recebeu sequer um salário. Também não sabia falar inglês, o que a impedia de ir muito longe.
Quando a empregada finalmente denunciou os patrões, com ajuda de uma vizinha, Renê respondeu à Justiça norte-americana e foi condenado. Margarida Bonetti, porém, fugiu para o Brasil e nunca mais voltou para os Estados Unidos.