Lizzo é uma artista empoderada e sempre tem muito o que falar. Seu tema mais frequente é a questão de desafiar os padrões de beleza, mas o repertório vai muito além. Ela também entende sobre o racismo na música, que já foi maior, mas existe até hoje. Em entrevista, ela explicou que a race music (música baseada no blues feita por e para afro-americanos nas décadas de 1920 e 1930, quando era considerado um mercado distinto e separado pela indústria musical) era usada para segregar artistas negros.
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Lizzo explica:
“O gênero é inerentemente racista“, disse Lizzo à Entertainment Weekly. “Acho que se as pessoas fizessem alguma pesquisa, veriam que havia race music e música pop. E a race music era sua maneira de segregar os artistas negros do mainstream porque eles não queriam que seus filhos ouvissem música criada por negros e pardos porque eles diziam que era demoníaco“, soltou ela.
Os gêneros que surgiram derivados da race music também tiveram dificuldade de se encaixar na indústria mainstream. “Acho que quando você pensa em pop, você pensa na MTV dos anos 80 falando sobre ‘Não podemos tocar rap’ ou ‘Não podemos colocar essa pessoa em nossa plataforma porque estamos pensando sobre o que as pessoas em o meio da América pensa’ – e todos nós sabemos o que é esse código“, acrescenta.
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Nesta mesma questão, ela faz um paralelo com sua própria carreira. Ela diz que sente que muitos acham que sua não é “preta” o suficiente.
“Acho que tudo que é novo, as pessoas vão criticar e sentir que não é para elas“, disse Lizzo. “Mas uma vez que você se acostuma com algo, pode ser para você. Então, para as pessoas que não gostam de música pop ou não gostam de artistas negros que fazem música pop, eles podem eventualmente gostar de mim”, acrescentando: “Você só precisa se acostumar comigo porque estou fazendo uma boa merda. Você está perdendo“,