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“Like a Virgin”, da Madonna, entre os álbuns eleitos pela Biblioteca do Congresso dos EUA

O ‘National Recording Registry’ é uma lista de gravações com importância cultural, histórica ou estética na herança sonora estadunidense

Madonna, em photoshoot do álbum "Like a Virgin" (1984) - Créditos: Steven Meisel

Houve quem cravasse que a música pop dos anos 1980 seria ‘descartável’ com o passar dos anos. Entretanto o público e a história tratou de consagrar canções que são parte de nossas vidas. Nesta quarta-feira (12), o Registro Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso anunciou 25 gravações como “tesouros musicais dignos de preservação com base em sua importância cultural, histórica ou estética na herança sonora dos Estados Unidos”. E entre eles está Like a Virgin (1984), segundo álbum da Madonna, e um dos poucos a receber tal honraria (já que a maioria das escolhas foram singles).

A clássica capa do álbum “Like a Virgin” (1984) – Créditos: Steven Meisel

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Madonna começou sua ascensão cultural com seu álbum de estreia autodenominado em 1983. Mas, mesmo assim, poucos poderiam prever a dominação mundial que ela alcançaria, começando na pista de dança, com seu trabalho seguinte, ‘Like a Virgin’. Madonna estava assumindo maior controle de sua produção musical e integrando habilmente sua imagem com o cenário mundial atual“, diz o texto publicado pela Biblioteca do Congresso.

“O álbum fez muito para solidificar a iconografia inicial de Madonna – do vestido de noiva à fivela do cinto “Boy Toy” -, mas é a música que perdura. Colaborando com o igualmente lendário Nile Rodgers, a futura lenda provou que ninguém poderia criar pop como ela”, disse a bibliotecária do Congresso, Carla Hayden.

Com mais de 21 milhões de cópias vendidas – sendo mais de 10 milhões somente nos Estados Unidos -, Like a Virgin foi a mola mestra para a ascensão de Madonna ao topo do mundo. Das nove músicas originalmente lançadas, quatro canções chegaram ao Top 10 da Billboard Hot 100.

“Like a Virgin”, a faixa-título, foi seu primeiro single nº1 na parada estadunidense, onde permaneceu por seis semanas. Na sequência vieram “Material Girl” (#2), “Angel” (#5) e “Dress You Up” (#5). E uma quinta faixa – “Into The Groove” – foi incluída posteriormente e tornou-se seu primeiro nº1 na parada britânica.

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Foi durante esta era que Madonna fez história ao apresentar-se na primeira edição do MTV Video Music Awards (1984), quando emergiu de um bolo de casamento e vestida de noiva para cantar “Like a Virgin”, até então inédita naquele momento, e rolou no chão da premiação enquanto as câmeras focavam na parte de baixo de seu vestido.

Também foi com este álbum que ela descolou a alcunha que a acompanharia pelo resto da vida. Ao gravar um clipe inspirado pela interpretação de Marilyn Monroe do número “Diamonds Are a Girl’s Best Friend”, contida no filme Os Homens Preferem as Loiras (1953), Madonna virou pra sempre a “material girl”.

Outras gravações incluídas na lista de 2023

A homenagem feita pelo Registro Nacional de Gravações da Biblioteca do Congresso estendeu-se a outros grandes nomes da música mundial. Além da rainha do pop, apenas o trio The Police teve um álbum eleito – Synchronicity (1983), que traz grandes hits como “Every Breath You Take“, “King of Pain” e “Wrapped Around Your Finger“.

Como dito anteriormente, a lista com as 25 gravações escolhidas este ano priorizaram canções. Entre os artistas selecionados estão a saudosa Irene Cara (“Flashdance…What a Feeling“, de 1983), Eurythmics (“Sweet Dreams (Are Made of This)”, de 1983) e o hit natalino de Mariah Carey (“All I Want for Christmas Is You”, de 1994).

Lendas do rock também foram agraciadas. John Lennon e Led Zeppelin tiveram seus clássicos “Imagine” e “Stairway to Heaven“, ambos de 1971, agraciados. O reggaeton também apareceu pela primeira vez. Daddy Yankee e seu hit “Gasolina” (2010) está lá. Até mesmo o tema de videogame “Super Mario Bros.” (1985) foi lembrado. Confira aqui a lista completa!