Após receber uma indicação ao Latin GRAMMY com o projeto “Lagum ao Vivo” e realizar uma turnê nacional de sucesso, Lagum lança “Curva da Ladeira”, o primeiro single do novo projeto. A faixa, disponível nas plataformas digitais desde o dia 7 de novembro, inaugura uma nova fase da banda mineira, que agora conta com o próprio estúdio, o Ilhota Studios, e busca explorar uma sonoridade mais leve e festiva – muito parecida com seus primeiros trabalhados.
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“Curva da Ladeira” chega após um longo período de divulgação do álbum “Depois do Fim”, que, segundo o guitarrista Zani, “era uma coisa mais intimista, densa e também a realidade onde as músicas dessa época foram compostas, na pandemia”. O novo single, por sua vez, “entrega uma coisa completamente diferente”.
“É uma música que se distancia muito do ‘Depois do Fim’. De lá para cá muita coisa mudou na nossa cabeça, no nosso conceito”, completa o vocalista Pedro Calais. Nesse sentido, a Lagum decidiu fazer uma fusão entre drum and bass e bossa nova, que era comum nos anos 90, para refletir o clima de celebração.
O single contou com a produção de Paul Ralphs, que já havia colaborado com a banda no álbum “Coisas da Geração”. Para os músicos, reencontrar o produtor foi “mágico” porque “ele é um cara que tem uma biblioteca de referências gigantescas”.
“Curva da Ladeira” também marca o primeiro trabalho produzido no novo estúdio da banda, o que ampliou significativamente as possibilidades criativas. De acordo com Jorge Borges, baixista da Lagum, o novo espaço permitiu uma dinâmica de grupo mais integrada:
“A gente tem um estúdio que a gente vai todos os dias, gravamos nossas ideias, fazemos reunião, recebemos amigos. Com certeza, isso, além de agregar nas novas sonoridades, melhorou nosso aspecto interpessoal de relacionamento e está fazendo a gente cada vez mais ter uma sonoridade de banda”.
O lançamento veio acompanhado de um videoclipe que se inspira em uma sexta-feira sob a ótica de um cachorro vira-lata caramelo na cidade do Rio de Janeiro. O conceito explora o instinto e a liberdade do animal em meio ao caos urbano, ao mesmo tempo em que ele vive um “sextou” cheio de aventuras.
“Ao invés da gente focar no sentimento humano de querer viver tudo de maneira intensa, dar rolé, aproveitar ao máximo o dia, que é o que a música propõe, optamos por usar um cachorro como esse personagem, que é puramente animal”, explicou o vocalista.
Ao projetar o futuro, Jorge Borges reflete sobre as expectativas para a nova fase da Lagum e sobre a sonoridade que o público pode esperar:
“Acredito que o público pode esperar duas coisas fundamentais: mais energia e uma volta de sonoridade de banda, eu acho que vai remeter muito a uma sonoridade que a gente tinha no primeiro e no segundo álbum, só que de uma forma completamente diferente, com novos estilos, novas propostas, novas sonoridades, novos timbres”.
Para ele, essa fase resgata as raízes da Lagum, ao mesmo tempo em que traz uma abordagem inédita, misturando familiaridade e novidade.