Está mais do que confirmada a nova era de Lady Gaga com o lendário cantor de jazz Tony Bennett. O álbum ainda não tem anúncio oficial, mas dois shows especiais foram marcados. A própria cantora revelou os detalhes nesta segunda-feira (19).
O evento é chamado “One Last Time – An Evening with Tony Bennett e Lady Gaga“. O título tem um clima de despedida, ressaltando que será “uma última vez”. Portanto, quem quiser ver essa dupla ao vivo, é bom correr, já que não deve ter outra oportunidade.
Os shows acontecerão nos dias 3 e 5 de agosto no Radio City Music Hall, em Nova York.
Lady Gaga escreveu:
“Uma última vez 🤍 Uma noite com Tony Bennett e eu no Radio City Music Hall nos dias 3 e 5 de agosto. Estou muito honrada e animado em comemorar o aniversário de 95 anos de Tony com ele nesses shows especiais. Os ingressos começarão a ser vendidos quinta-feira, 22 de julho a partir das 11h no livenation.com”.
Além desses shows, eles vão lançar o “MTV Unplugged”, com versões ainda mais intimistas das parcerias.
Tony Bennett, lutando contra o Alzheimer, lançará novo álbum com Lady Gaga
Tony Bennett, lendário cantor de jazz, foi diagnosticado com mal de Alzheimer, atualmente aos 94 anos. Ele tem uma carreira icônica e se destacou recentemente no mundo pop pelo álbum “Cheek to Cheek“, em conjunto com Lady Gaga. Foi nessa época que eles foram aclamados e chegaram até a levar o Grammy de “Best Traditional Pop Vocal Album” em 2015. Agora, ao que tudo indica, vem um novo disco com essa parceria, mesmo que o artista esteja passando por momentos difíceis.
Em entrevista à AARP, Tony Bennett falou sobre seu estado de saúde. Ainda lúcido, ele diz que é grato à vida. Mesmo com a doença, ele prepara um álbum sucessor do “Cheek to Cheek”.
“A vida é uma dádiva – mesmo com Alzheimer. Obrigado à minha esposa Susan e à minha família pelo apoio e ao AARP”, escreveu ele no Twitter.
Apesar da positividade, o artigo fala de maneira realista sobre a doença do cantor. “Sua expressão tinha uma impassibilidade como uma máscara que mudou apenas ligeiramente para uma consciência turva quando Susan colocou a mão em seu ombro, se inclinou e disse: ‘Este é John, Tone. Ele veio falar conosco sobre o novo álbum’. Ela falou em seu ouvido, talvez um pouco alto, em um registro instigante e enfático, como se tentasse alcançar o marido através de uma barreira que havia caído entre ele e o resto dos mundo“, escreveu a publicação.
Imagens foram gravadas durante as gravações do novo álbum: “Ele fala raramente e, quando o faz, suas palavras são hesitantes; às vezes, ele parece perdido e confuso. Gaga, claramente ciente de sua condição, mantém suas declarações curtas e simples (como é recomendado por especialistas na doença ao conversar com pacientes de Alzheimer). ‘Você parece tão bem, Tony’, ela diz a ele em um ponto. ‘Obrigado’ é a sua resposta de uma palavra”.
A previsão de lançamento é para o segundo trimestre do ano. O diagnóstico foi recebido em 2016 e a família de Bennett não tinha certeza que ele conseguiria gravar com Lady Gaga.
Leia outro trecho do artigo:
Gaga diz que pensa “o tempo todo” sobre a turnê de 2015. Tony olha para ela sem palavras. “Não foi divertido todas as noites?”, ela pergunta a ele. “Sim,” ele diz, incerto. A dor e a tristeza no rosto de Gaga são claras nesses momentos – mas não mais do que em uma sequência extraordinariamente comovente em que Tony (um homem que ela chama de “um mentor incrível, amigo e figura paterna”) canta uma passagem solo de um canção de amor. Gaga observa, de trás de seu microfone, seu sorriso estremecendo em um tremor, seus olhos marejados, antes de colocar as mãos sobre o rosto e soluçar.
Pelo que parece, esse novo projeto trata de superação e como a música supera barreiras.
Doença de Alzheimer
De acordo com o Médico Dráuzio Varella, a doença de Alzheimer (Alois Alzheimer, neurologista alemão que primeiro descreveu essa patologia) provoca progressiva e inexorável deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio.
Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de oito a 10 anos.