Kendrick Lamar teve o álbum de rap mais escutado do Spotify em 2022 – o aclamado “Mr. Morale & the Big Steppers“. Com o mesmo projeto, o rapper norte-americano também teve a turnê mais lucrativa da história do rap, como informou o Touring Data nesta quinta-feira (27). A liderança neste ranking antes pertencia a Drake com a “Summer Sixteen Tour“.
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A “The Big Steppers Tour“, de Kendrick – que ocorreu nos últimos meses de 2022 nos EUA, Europa, Austrália e Nova Zelândia – vendeu um total de 929 mil ingressos dos 73 shows e arrecadou US$ 110,9 milhões de dólares (o equivalente a R$ 553 milhões na cotação atual da moeda). A turnê foi um dos pilares de divulgação do quinto álbum de estúdio do rapper.
A expedição de Lamar supera, portanto, projetos de outros grandes artistas do gênero – como a “Aubrey & the Three“, do Migos, “Summer Sixteen“, do Drake e Future, e a icônica “Watch the Throne”, de Kanye West e Jay-Z.
Rapper mais importante de sua geração
Ninguém está acima dele. Pelo menos, na opinião do The New York Times! Considerado um dos veículos de imprensa mais importantes e respeitados da história, o jornal publicou um longo artigo no qual elege Kendrick Lamar como o maior e mais importante rapper de sua geração.
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Escrito por Mitchell S. Jackson, o texto do NYT tem como ponto de partida um recente show de Kendrick Lamar, realizado na cidade de Londres, na Inglaterra. O autor observa e analisa cada ponto da performance, da postura do rapper no palco, de suas interações com a plateia, e também das músicas apresentadas.
“Kendrick Lamar senta-se em um piano vertical preto, permanecendo na sombra, até que um único refletor suave o revele dedilhando acordes, com uma versão de boneco de ventríloquo de terno e botas de si mesmo que ele chama de Lil ‘Stepper – uma visão enigmática de impressão mental – sentado em cima da tampa do piano“, escreve Mitchell.
“Tudo a dizer, o cara parece o superstar sublime que ele é“, elogia o autor.
Os parágrafos que se seguem passeiam pela linha do tempo da carreira musical de Kendrick, que possui quase 20 anos, e pontuam os visíveis impactos da parceria com o cineasta Dave Free em sua performance.
“A estética é minimalista. Foi-se, o homem do hype. Foi-se, o elevado D.J. Foi-se, uma comitiva servindo de pano de fundo. Foi-se o hábito do rapper de andar de um lado para o outro, puxando as pessoas da platéia para o palco. Kendrick passa a maior parte do tempo no palco solo, cuidando de pausas que atraem cânticos da multidão, pontuando suas letras – fazendo um diddy-bopping em um ponto, agachando-se até o nível do joelho em outro – com dança e gestos dramáticos“, observa Mitchell.
“Kendrick, baseado na narrativa, e Dave, pensando em imagem e ferramentas, tem sido uma parceria criativa que remonta a décadas, quando Dave era um adolescente obcecado por todas as novas tecnologias e Kendrick foi a primeira pessoa que conheceu ‘que não se importava com as [palavrão] com o qual todas as crianças se importavam’“, acrescenta o autor.