A corrida para as indicações ao Oscar 2023 estão quase chegando ao fim! A imprensa norte-americana já começou a fazer suas apostas aos possíveis nomeados e um deles é Kendrick Lamar, com o curta “We Cry Together”. Com as votações prestes a começar, o rapper concedeu uma entrevista à Variety e comentou sobre a produção, bem como afirmou esperar sua indicação à premiação.
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O curta-metragem “We Cry Together” tem a direção assinada pelo próprio Kendrick, ao lado de seu parceiro de longa data, Dave Free e o diretor de cinema Jake Schreier. A trama é estrelada pelo artista ao lado da atriz Taylour Paige.
Durante a entrevista à revista, Kendrick falou que para a sua produção era crucial que o visual capturasse a vulnerabilidade e toxicidade de um relacionamento em um espaço íntimo, para garantir que parecesse real. O vídeo mostra uma intensa briga de casal, com troca de ofensas explícitas e cenas de sexo.
“Isso me desafiou a realmente viver o que eu estava escrevendo, e realmente estar lá e estar presente com Taylour (Paige). E eu me lembro de nós indo e voltando e sentindo como, caramba, eu entendo esse personagem ainda mais porque estou evocando a energia dele e a paixão dele porque está vivo e é direto”, disse Kendrick Lamar.
O curta “We Cry Together” faz parte de seu quinto álbum de estúdio, o “Mr. Morale & the Big Steppers”. A experiência imersiva foi filmada em uma única tomada com faixas vocais ao vivo e ele espera que ela seja indicada como “Melhor Curta de Ação ao Vivo”, no Oscar 2023.
“Quando entramos neste projeto, Kendrick estava me contando sobre como ele queria que a sala parecesse espessa e intensa. Ele queria realmente abordar tópicos dos quais nós, como sociedade, meio que evitamos”, afirmou o diretor Dave Free.
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Apenas 10 filmes farão parte da lista para a categoria em questão, antes de serem reduzidos aos cinco indicados finais. Vale lembrar que Lamar já foi indicado ao lado de SZA, Mark Spears e Anthony Tiffith no Oscar em 2019 pela faixa “All the Stars”, trilha sonora de “Pantera Negra”, na categoria de “Melhor Música Original”.
“Em última análise, o principal são as pessoas com as quais podemos nos identificar. Não apenas da nossa cultura, mas de culturas de todo o mundo. Portanto, o ambiente desempenha um papel enorme, e isso é algo que definitivamente queríamos trazer à vida junto com o roteiro. Era tão importante quanto os indivíduos que estavam realmente lançando os insultos. Me deu mais liberdade, como pessoa. Ser capaz de correr em direção ao meu medo e dizer as coisas que quero dizer e fazê-lo de maneira artística. Isso me permitiu viver minha verdade ainda mais profundamente”, finalizou Kendrick.
Lembrando que a votação das listas de finalistas do Oscar está marcada para acontecer de 12 a 15 de dezembro, antes que os 10 filmes que avançam para a votação de indicações sejam nomeados em 21 de dezembro. As indicações ao Oscar serão anunciadas em 24 de janeiro.