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Kaya Jones, ex-Pussycat Dolls, escreve novo textão sobre “rede de prostituição” envolvendo girlband


Kaya Jones, a ex-integrante das Pussycat Dolls que acusa a empresária Robin Antin de usar o grupo como uma “rede de prostituição”, falou mais sobre o assunto em sua conta no Twitter. Ela explicou que encontrou em Deus a força para lidar com os percalsos e encontrar seu caminho musical – sem precisar se vender para magnatas da indústria. No discurso, ela também cita Kesha – que levou à Justiça uma acusação de estupro contra seu produtor e empresário Dr. Luke. Leia na íntegra:

“Levou-me muito tempo para chegar até aqui. Toda vez que nós dividimos e falamos nossa verdade, nos itram nosso poder. Você não tem mais espaço na minha cabeça. Você não tem que ser uma estrela pornô se quer ser uma estrela pop. Se você quer ser uma estrela pop, não tem que ser uma estrela pornô. Minha força vem de Deus. Ele me disse para me afastar de coisas terrenas que não eram dele. A música não era uma dessas coisas, mas certas pessoas eram. Todos nós temos cicatrizes. Elas nos fortalecem. Obrigada aos meus predadores. Vocês me fizeram muito forte. Boa sorte ao me quebrar de novo ou quebrar outra pessoa. Kesha é outra artista que passou pelos obstáculos da indústria. Isso não é nada novo. Mas vamos nos levantar e ajudar a parar o ciclo”.

As denúncias feitas por Kaya Jones vêm no contexto de que várias atrizes de Hollywood estão tomando a coragem para tornar público os abusos que sofreram nas mãos do importante produtor Harvey Weinstein. Nos últimos dias, nomes como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Cara Delevingne e Eva Green narraram histórias de assédio vividas nos bastidores de produções cinematográficas.

De acordo com o relato de Kaya, no início das Pussycat Dolls, antes do lançamento do primeiro álbum, as integrantes eram forçadas a ir para cama com executivos da indústria musical. “A minha verdade é que eu não estava numa girlband. Estava numa rede de prostituição. Oh, e por acaso até cantávamos e éramos famosas, mas quem fazia dinheiro eram os nossos donos. Para fazer parte do time, você tem que jogar no time. Ou seja, dormir com quem eles diziam”, revelou, “Quão ruim foi? – as pessoas perguntam. Ruim o suficiente para me afastar dos meus sonhos, colegas de banda e um contrato discográfico de US$ 13 milhões. Nós sabíamos que seríamos número 1 nas paradas. Eu quero que a líder do grupo confesse por que outra de suas garotas cometeu suicídio. Conte ao público como você as quebrou mentalmente”.

Robin Antin, empresária e criadora das Pussycat Dolls, rebateu as acusações, classificando-as como “mentiras ridículas e nojentas”. De acordo com o site The Blast, seu advogado escreveu uma notificação para Kaya Jones para que ela pare de denegrir a marca PCD ou arque com as consequências.