Karol Conká acaba de liberar “Urucum“, o seu novo álbum de estúdio, nas plataformas de áudio. Depois de um ano atípico, a rapper curitibana mistura elementos que vão do soul ao baião, sem deixar de lado o afrobeat e o pagodão baiano, especialidades do produtor do disco e membro do ÀTTØØXXÁ, RDD (Rafa Dias).
Leia mais:
- Karol Conká explica conceito do novo álbum: “Referência ao que causei”
- No “Encontro”, Karol Conká fala sobre medo do cancelamento no BBB22
- Karol Conká relembra momento com Anitta na estreia do “Revirando o Baú”
Com a maior parte das faixas escritas após sua conturbada participação no BBB21, a artista convida seus fãs a um “fuzuê” organizado, em que destrincha seus medos, frustrações e se mostra, talvez pela primeira vez, vulnerável, verdadeira e contraditória – o que, de certa forma, a humaniza mais do que nunca neste projeto.
Dando espaço à todas as facetas descobertas nos últimos tempos, a artista é inteligente ao não pautar o disco apenas na sua tristeza pós-BBB. Karol não é monotemática. Ela sabe como ninguém falar sobre seus arrependimentos sem deixar de lado o sexo, a sensualidade e a provocação.
“É um convite a intensidade, ao autoconhecimento, a autoanálise. É um convite para viver intensamente suas verdades, seus sentimentos. É isso que significa. ‘Urucum’ significa a cura. Quem ouvir esse álbum, vai entrar em contato com a própria essência, vai limpar tudo ó [brinca]. Esse álbum ele é tudo de mais verdadeiro, intenso e genuino que eu e RDD pudemos produzir aqui, nesse estúdio”, disse Karol em entrevista ao POPline.
Se você espera ouvir um disco cheio de lamentações pelo comportamento questionável da artista no programa de TV Globo, talvez seja melhor escutar o single “Dilúvio“, lançado logo após sua eliminação, e que não entrou para o álbum por não se conectar narrativamente com as outras faixas.
“E o “Urucum” ele é um álbum todo ‘urucunzado’, ele é antioxidante, ele é anti mofo, é cicatrizante – todas as propriedades do urucum. O “Dilúvio” faz parte de um outro trecho da minha história, que já não se encaixa na história contada por ‘Urucum”, disse Karol ao POPline.
Em “Urucum“, Conká aborda, sim, seu processo de “cura” e o julgamento (ou cancelamento?) do Brasil, mas com outra perspectiva, falando do futuro e abandonando roupagens ultrapassadas (Meu bem…Já estamos no BBB22). No decorrer do álbum, ela discorre sobre desejos, sentimentos e o finaliza com a deliciosa “Louca e Sagaz” – Mamacita vive!
OUÇA:
Single + Clipe
“Vejo o Bem” será a nova música de trabalho da rapper e ganhará um clipe que estreia amanhã, às 12 horas. O vídeo foi dirigido por Premier King, mesmo diretor de “Louca e Sagaz” e “Mau Nenhum“, e conta com a participação de RDD e Loo Nascimento (Neyzona). “É um clipe diferente. Eu venho com uma imagem diferente e era o meu sonho gravar numa externa, em um carro conversível”.