Karin Hils voltou ao Instagram neste domingo (17/1) para falar da repercussão de suas declarações sobre o Rouge no dia anterior. Muitos fãs ficaram desapontados porque ela disse que não é amiga das outras integrantes e que, quando o grupo se separou, ela teve papel decisivo. “Eu não estava drogada não, igual tem gente falando: que eu estava drogada, que tinha cheirado, que tinha bebido, que estava sob efeito de entorpecentes. Como as pessoas criam coisas pra fazer sentido pra elas!”, declarou.
“Fiquei chocada: tanta coisa de fato séria e importante acontecendo no mundo, no Brasil… Hospital em Manaus sem oxigênio, artistas tendo que se unir para poder ajudar, o que é responsabilidade do governo… Isso sim deveria ser fórum de discussão. Não o fato de eu ser amiga ou não das meninas. Ao mesmo tempo, eu tô entendendo que o Rouge simboliza que as coisas podem dar certo, que seus sonhos podem se tornar realidade, e aí a gente fala de realidade. Realidade… o que muitas das vezes não é aquilo que cada um espera. De fato, não, gente”, começou a cantora.
Na série de stories postados, Karin falou que gostaria de ter tido a oportunidade de conhecer melhor as companheiras de Rouge. Ela as ama, mas a relação sempre foi profissional. “Vocês viram com quem meus laços de amizade eram mais estreitos. Mas eu queria ter tido a oportunidade – e acho que elas vão concordar comigo – da gente se conhecer e curtir mais fora do trabalho. São meninas incríveis. Pode não fazer sentido na cabeça de vocês: eu, de fato, amo elas”, declarou.
Existem dois Rouges, segundo Karin Hils
A cantora explicou que o Rouge mágico que os fãs conhecem e guardam no coração não representa a realidade dos bastidores. Muitas pessoas adoeceram para que tudo fosse (o mais próximo de) perfeito aos olhos dos fãs. “O sistema Rouge, na verdade, adoece. Existem dois Rouges: o Rouge que vocês guardam no coração de vocês e que eu respeito muito, porque sei que fez parte da infância de vocês, da descoberta de vocês, que motivou vocês a acreditar que podiam correr atrás dos sonhos. Mas, sim, gente, existe outro lado, como em qualquer lugar, situação, família”, frisou.
Segundo ela, todas as integrantes sempre passaram “muito pano” sobre os bastidores. Ela acredita que era o papel delas como artistas: levar alegria, não conflitos, para o público. E isso ajudou a criar uma ilusão nos fãs – na época crianças e adolescentes, hoje adultos.
“Quando a gente estava no palco, era realmente mágica e verdadeira aquela sintonia. Mas tinham certas coisas que realmente não dialogavam comigo e não faziam o mínimo sentido naquela altura do campeonato. Foram muitos meses de terapia. Não sei se só eu fiz. Mas me arrisco a dizer que não era só a gente. Era a produção também. Tenho certeza que para muitos deles deve ter havido o sentimento de gratidão, igual houve para mim sempre, mas de muito aprendizado e de traumas. Tem produção que não quer mais trabalhar com o Rouge. A verdade é essa. É uma relação de amor e ódio o tempo todo. Rolavam umas tretas, mas quando subia no palco estava tudo lindo e maravilhoso. Aí as pessoas falavam ‘vocês são foda, pqp’. Não foi fácil pra ninguém. Não é fácil”, desabafou.
Declarações que respingam nas outras integrantes do Rouge
Ela lamenta que a repercussão de sua fala no fim de semana, porque sabe que isso reverbera na vida das outras cantoras do Rouge. “Eu falo um negócio aqui e vão atrás da outra. Sempre esse laço, essa associação, essa comparação. Vamos crescer, bicho. Vamos crescer juntos. São 20 anos, puta merda. Vou fazer 42. A gente vai fazer 50 anos com gente comparando a gente, nosso trabalho”, pontuou.
“Eu balancei a arvorezinha. Vai ficar quem tiver que ficar. Que fiquem os verdadeiros. Que fiquem os que compartilham dessa ideia. É o que faz sentido pra mim, mesmo. Obrigada pelo carinho de todos sempre, quem está comigo sempre, meus fãs, os novos fãs. Tamo junto. Vamos mudar o foco. Tem coisas realmente importantes acontecendo nesse país”, falou.