Kanye West estava nos holofotes da imprensa nas últimas semanas. Tudo isso, após o rapper disparar diversos comentários e ataques antissemitas. Depois de perder contrato com grandes marcas, diversos funcionários da Yeezy descrevem a empresa do cantor como “um paraíso criativo e um lugar cult, onde você pode ser intimidado e humilhado e demitido por gostar de Drake”.
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O nome de Kanye West começou a ganhar destaque depois que o cantor fez o uso de uma camiseta com a frase “White Lives Matter” (“Vidas Brancas Importam”), durante a Paris Fashion Week, onde aconteceu a estreia de sua nova coleção da Yeezy, em parceria com a marca de esportes Adidas.
Diante disso, a revista norte-americana Rolling Stone entrevistou alguns funcionários da empresa, que trabalharam diretamente com West. Segundo eles, a carga horária de trabalho ultrapassava as 15 horas por dia e afirmaram que podiam ser demitidos por simples capricho.
Durante o desfile no Paris Fashion Week, onde Kanye utilizou a camisa polêmica, foi apresentada a “Yeezy Season 9”, coleção que trazia designs de roupas com capuzes pesados, snoods apertados e máscaras que cobriam o rosto. Segundo a revista, um dos funcionários da Yeezy revelou que “skinheads e nazistas eram sua maior inspiração”.
Vale destacar que, recentemente, emissoras como a CNN afirmaram que West nutria uma admiração obsessiva por Hitler. Depois de toda essa situação, diversos ex-colaboradores e funcionários da Yeezy, Adidas e Gap descreveram durante a entrevista, que conviver com o rapper era uma confusão caótica e um ambiente de trabalho “tóxico e abusivo”.
Foi dito ainda que todo o trabalho vinha sendo prejudicado por demissões abruptas e contínuas, intimidação, táticas de humilhação e uma atmosfera de culto onde a bajulação prosperou. “Sua raiva de nós nas interações cotidianas era simplesmente inadequada e, honestamente, um pesadelo de RH”, diz um designer da Adidas Yeezy.
“Como ele está nas mídias sociais é exatamente como ele é com os funcionários”, acrescenta um membro sênior da Adidas Yeezy.
“Ele prospera com o caos. Ele precisa disso para mantê-lo com fome e motivado e todas essas outras coisas”, diz um funcionário que trabalhou para a Yeezy em 2020.
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Segundo as fontes, demissões repentinas eram a norma na Yeezy, com todos os funcionários descrevendo o escritório como uma porta giratória de talentos. Houve também demissões aleatórias em massa.
Um deles revelou que antes de Kanye lançar a sua primeira coleção, ele estava em estúdio com sua equipe tocando. Depois que alguém sugeriu que ele tocasse outra coisa, West pediu a opnião de um funcionário da Yeezy. “Eu pensei, ‘Oh, ele é um rapper, eu provavelmente deveria mencionar um pouco de rap’”, disse ele à Rolling Stone .
O funcionário sugeriu que a voz de “Donda” tocasse Drake. “Grande erro! no dia seguinte fui demitido”, afirma ele. Essas demissões repentinas e aparentemente sem fundamento levaram os funcionários a sentir que seus empregos estavam em constante perigo. Todos os dias pareciam uma audição para o trabalho atual, descrevem duas fontes do Yeezy.
“Tudo o que ele faz é uma bagunça gigantesca de aspirar todo o tempo das pessoas, apenas consumindo suas vidas inteiras e então a saída é deixada na beira da estrada em algum lugar”, disse um ex-funcionário.
Vale destacar que depois de todos os comentários e ataques diretos aos judeus, marcas como Gap, Balenciaga e a própria Adidas, cancelaram contratos e parcerias. Além disso, estas perdas renderam a Kanye, a saída da lista de bilionários da Forbes.